Humberto Costa defende diálogo entre governo e oposição sobre CPMF e Previdência

Da Redação e Da Rádio Senado | 01/03/2016, 16h39

Novo líder do governo no Senado, o senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que o momento de crise política e econômica exige consenso dos atores políticos atuantes na Casa em torno de projetos que interessem ao Brasil e aos brasileiros.

Para ele, é essencial um diálogo de alto nível entre a base governista e a oposição para debater temas como a criação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a reforma da Previdência.

Humberto Costa reconheceu que esses assuntos são polêmicos, mas isso não pode impedir que o Congresso Nacional os discuta e os aprimore para que a sociedade seja a principal beneficiada pelas medidas.

— Obviamente, para a edificação dessa pauta, é preciso que também o governo aprofunde o diálogo com todos os setores, que também converse com os agentes políticos e sociais, que também melhore a interlocução para que possamos ter uma agenda plural, construída a várias mãos — disse o senador.

Humberto Costa lembrou que a crise atual já tragou trilhões de dólares e atinge países como a China, que teve o ritmo de crescimento reduzido, e até os Estados Unidos, cuja solidez da economia preocupa a própria presidente do Banco Central norte-americano.

No presente momento, o que exige maior preocupação, especialmente no Brasil, disse o senador, é assegurar às parcelas mais pobres da população os direitos e conquistas dos últimos anos.

Lava-Jato

Humberto Costa aproveitou para criticar os que acreditam que a Operação Lava-Jato vai ser prejudicada com a troca no comando no Ministério da Justiça. Para ele, o trabalho do ministério não pode ser pautado nem pelo governo nem pela oposição e pela mídia.

Ele ainda lembrou que o número de operações da Polícia Federal aumentou muito ao longo dos anos em que o PT administra o país. Desde 2003, são mais de 2.200 operações, acrescentou Humberto Costa.

PT

O senador também deixou um recado para o PT. Segundo ele, o partido tem todo o direito de questionar alguns projetos, mas não deve se recusar a debater assuntos considerados polêmicos propostos pelo governo para ajudá-lo a encontrar saídas para a crise que atinge o país.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)