Ana Amélia manifesta apoio a projeto que desburocratiza pesquisa clínica

Da Redação e Da Rádio Senado | 01/03/2016, 15h46

A senadora Ana Amélia (PP-RS) disse nesta terça-feira (1º) em Plenário que, na próxima semana, a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCT) deve votar o projeto (PLS 200/2015) que desburocratiza uma parte fundamental do desenvolvimento de novos medicamentos: a pesquisa clínica.

O relatório sobre a proposta foi apresentado nesta terça-feira, mas houve pedido de vista coletiva. Ana Amélia afirmou que o projeto é importante e está em votação no momento em que país discute a fosfoetanolamina, a controversa substância desenvolvida por pesquisadores brasileiros e que está sendo chamada "pílula do câncer".

A pílula estaria tendo bons resultados em alguns tipos de câncer, mas, como explicou a senadora, há dúvidas sobre isso porque não foi feita ainda a pesquisa adequada para confirmar a eficácia da pílula.

— A pesquisa  médica de novos medicamentos é muito importante para que pessoas portadoras de câncer ou de outras doenças muito graves possam ter pelo menos a expectativa e esperança de um tratamento adequado para reduzir o seu sofrimento. Mas, especialmente, para tentar buscar a cura para essas doenças ou a convivência com a doença numa qualidade de vida apreciável.

Doenças raras

A senadora Ana Amélia destacou que o dia 29 de fevereiro é o Dia Internacional das Doenças Raras. Ela lembrou que no ano passado o Senado aprovou projeto de lei (PLS 530/2013) para beneficiar os cerca de 15 milhões de brasileiros que sofrem dessas doenças.

A proposta, que está sob exame da Câmara dos Deputados, permite que pessoas físicas possam importar medicamentos não registrados ainda no Brasil que são usados no tratamento de doenças raras. São chamadas assim as doenças que atingem 65 pessoas em cada grupo de 100  mil habitantes, explicou a senadora.

— A data faz referência ao dia 29 de fevereiro, por se tratar de um 'dia raro', e é comemorado em diversos países do mundo para conscientizar a população sobre as diversas doenças raras e as dificuldades que os pacientes enfrentam na obtenção de um diagnóstico preciso até o tratamento adequado para essas doenças, até por serem raras.

Ana Amélia também registrou a realização, nesta terça-feira, de evento na Câmara para chamar a atenção para as chamadas doenças raras. A iniciativa visa envolver profissionais de saúde, serviços sociais especializadas, companhias farmacêuticas, políticos e entidades reguladoras para ampliar a rede de apoio e assistência às pessoas com doenças raras.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)