Comissão aprova PPA 2016-2019 alinhado ao Plano Nacional de Educação

Da Redação | 08/12/2015, 20h05

A Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) aprovou, nesta terça-feira (8), o Plano Plurianual (PPA) 2016-2019. O texto (PLN 6/2015), que ainda passará por uma votação no Plenário do Congresso, foi relatado pelo deputado Zeca Dirceu (PT-PR). O principal ponto do parecer aprovado é o alinhamento do PPA com as metas do Plano Nacional de Educação (PNE).

— Posso dizer que este é o PPA da educação — destacou o relator.

O PNE foi instituído pela Lei 13.005/2014. A norma contém metas para o ensino brasileiro entre 2014 e 2024. Dirceu acolheu diversas emendas que alinharam o capítulo da educação do PPA ao Plano Nacional de Educação. Ele aproveitou a oportunidade para quantificar ou elevar algumas metas do PNE. Um exemplo é a titulação anual de professores do ensino superior.

O relatório do PPA determina, como meta para o período entre 2016 e 2019, fixa em 73% o percentual de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício nas universidades brasileiras. O PNE não traz nenhum percentual específico.

Zeca Dirceu ampliou a meta de construção de escolas da educação básica, de três mil, valor que consta no projeto original do PPA, para quatro mil até 2019. O relator também criou algumas metas para o setor, como elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 95% até 2019. Hoje essa taxa é de 91,5%. O PNE fala apenas em atingir a universalização da alfabetização em 2024.

O deputado afirmou que o alinhamento entre os dois planos fortalece a educação.

— Agora as metas estão em duas leis, e não apenas em uma. Isso traz mais robustez para o PNE — apontou.

Ele comentou ainda que o PPA aprovado na Comissão de Orçamento beneficia estados, Distrito Federal e municípios, que poderão contar com mais recursos federais.

Planejamento

O PPA foi criado pela Constituição para funcionar como o planejamento de médio prazo do País. A partir das metas inseridas no plano é que são elaboradas a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o Orçamento da União. O plano tem vigência de quatro anos, vigorando sempre do segundo ano de um mandato presidencial ao primeiro ano do mandato seguinte. O objetivo desse formato é garantir um mínimo de continuidade ao planejamento público entre duas gestões presidenciais.

A votação do PPA na Comissão Mista de Orçamento interfere na análise da proposta orçamentária de 2016 (PLN 7/2015). Segundo as normas da CMO, a análise do relatório final do Orçamento somente terá início após a aprovação, pelo Congresso Nacional, do projeto de lei do PPA. Zeca Dirceu e a presidente da comissão, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), conversarão com o presidente do Senado, Renan Calheiros, sobre a data de votação do texto no Plenário do Congresso.

Da Agência Câmara

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)