Ricardo Ferraço defende a autoconvocação do Congresso em janeiro

Da Redação e Da Rádio Senado | 03/12/2015, 17h52

O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) disse que, diante da aceitação pelo presidente da Câmara dos Deputados do pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Roussef, o Congresso Nacional não tem outra saída senão autoconvocar-se para continuar trabalhando durante o recesso parlamentar de janeiro.

Ele explicou que, agora, a Câmara dos Deputados precisa instalar uma comissão processante para analisar o pedido de impeachment e apurar as razões ali apontadas.  E, em sua opinião, não faz sentido  instalar a comissão e só começar a trabalhar 40, 50 dias depois, quando terminar o recesso parlamentar. Ferraço admite, no entanto, um pequeno recesso para as festas do final do ano.

Segundo o senador, o Congresso não pode agir como se nada estivesse acontecendo e precisa estar mobilizado porque o pedido de impeachment é um fato que tem impacto na economia do país, no mercado internacional e, principalmente, na vida dos brasileiros mais desprotegidos, que necessitam do governo em pleno funcionamento.

— De minha parte, acho que não faz sentido o Congresso entrar de recesso. Pegará mal demais. Esta não é uma situação qualquer, esta é uma circunstância que exige a mobilização do Congresso. Acho que é o momento de sinalizarmos para a população que nós estamos no nosso local de trabalho. Somos remunerados para isso. E nessa circunstância, sobretudo, é aqui que nós precisamos estar — afirmou o senador.

Em aparte, o senador Waldemir Moka (PMDB-MS) manifestou apoio à proposta de Ferraço e ainda lembrou que a autoconvocação do Congresso não tem custo nenhum a mais para os cofres públicos. Para o senador, é fundamental que o Senado esteja acompanhando de perto o processo na Câmara e fazendo intervenções para ajudar o país a superar logo esta crise, caso seja necessário.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)