Lindbergh comemora vitórias do governo no Congresso e elogia nova articulação política do Planalto

Da Redação | 19/11/2015, 21h03

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) elogiou em Plenário nesta quinta-feira (19) a articulação do governo federal com sua base para aprovação de medidas importantes no Congresso Nacional. O senador afirmou que as mudanças feitas na equipe de governo da presidente Dilma Rousseff possibilitaram os resultados alcançados no Legislativo nas duas últimas semanas.

- Eu acho que houve uma mudança para melhor. A entrada de Jaques Wagner e a entrada de (Ricardo) Berzoini restabeleceram aqui, no Parlamento, uma situação que, há muito tempo, não existia. E nós tivemos, nessas duas semanas, vitórias importantíssimas aqui, no Congresso Nacional. Acho que, em especial, a capacidade do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, de conversar com todos os atores políticos da base governista, e até da oposição, tem sido muito importante - registrou.

O senador acrescentou que é preciso agora manter as conversas para conseguir aprovar, até o final do ano, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a mudança na meta fiscal. Lindbergh disse ainda que, ao contornar a crise política, a presidente deveria se concentrar em reorientar a política econômica, investindo em medidas contra a recessão e pela manutenção dos empregos.

- Não podemos fazer a regressão em um ano e meio e voltar há 12 anos. Não podemos permitir que famílias que subiram pra classe média caiam de patamar novamente. Nós, que queremos defender esse projeto, que fez uma grande transformação social, uma grande inclusão social, se mantivermos essa política econômica que está aí, vamos ter um aprofundamento da crise social com aumento do desemprego. E aí, se aumentar desemprego, a crise social traz de novo a crise política, a discussão do impeachment e nós vamos ficar nesse velho FlaxFlu da política - alertou.

Conservadorismo na Câmara

Lindbergh criticou ainda propostas aprovadas recentemente pela Câmara dos Deputados, que classificou como “extremamente conservadoras” e de retirada de direitos já garantidos. Entre elas, citou a PEC 215/2000, que muda o critério de demarcação das terras indígenas; o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 30/2015, que trata do serviço terceirizado; o Estatuto da Família (PL 6583/2013) e o PL 5069/2013, que modifica o atendimento a mulheres que foram vítimas de estupro.

Para o senador, o Senado, que reuniu uma bancada progressista de 35 senadores, é que tem “salvado a lavoura”.

- Com essa bancada progressista, a gente tem discutido aqui com todos e impedido que esses projetos sejam aprovados. Quero dizer aqui aos povos indígenas que a PEC 215 não passará no Plenário do Senado. Eu tenho confiança de que o Estatuto da Família não passará no Plenário do Senado. Que esse PL 5069, que ataca os direitos das mulheres, não passará no Senado. E eu tenho certeza também que esse Estatuto do Desarmamento que eles estão rasgando nós vamos corrigir aqui no Senado Federal – afirmou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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