Professores enfrentam condições precárias e ameaças de violência, diz Paim

Da Redação e Da Rádio Senado | 15/10/2015, 18h45

O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou, em pronunciamento no Plenário, que tudo que queria neste dia 15 de outubro era celebrar a valorização dos professores no Brasil. No entanto, segundo ele, não é nada disso que acontece. Ele ressaltou o fato de nem todos os estados pagarem o piso nacional da categoria, apesar do seu baixo valor (R$ 1.917,78, atualmente).

De acordo com o senador, é essa a realidade do Rio Grande do Sul, por exemplo. Paim acrescentou que os professores sofrem com condições precárias de trabalho, com escolas em más condições de funcionamento e ameaças de violência.

- Se a maioria dos professores do Brasil continuar a sofrer com os salários quase indignos, com o excesso de alunos na sala de aula, com o quadro de indisciplina e violência que se espalhou na maioria das escolas, não chegará tão cedo o dia em que a educação se transformará, efetivamente, em prioridade - afirmou ele.

Paim apresentou exemplos, como o do Japão, que saiu destruído da Segunda Guerra, mas decidiu investir maciçamente na educação e hoje é uma das maiores potências mundiais. Atitude igual teve a Coreia do Sul, que deu um grande salto econômico, tornando-se um dos "tigres asiáticos", após promover uma verdadeira revolução educacional. Para o senador gaúcho, são esses os modelos que o Brasil deve seguir.

Primeira infância

Em seu discurso, Paulo Paim anunciou ainda que o Senado realizará entre 20 e 22 de outubro  a 8ª Semana de Valorização da Primeira Infância e da Cultura da Paz. O tema do encontro é a epigenética e o desenvolvimento infantil. Epigenética é um termo criado por Conrad Waddington e se refere à possibilidade de situações vividas pela mãe durante a gravidez deixarem marcas genéticas na criança.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)