Regina Sousa apoia Marcha das Margaridas e condena violência contra as mulheres

Da Redação e Da Rádio Senado | 13/08/2015, 18h02

A senadora Regina Sousa (PT-PI) disse que os senadores precisam dar mais atenção às reivindicações das mulheres que participaram, nesta semana, da Marcha das Margaridas, movimento organizado por trabalhadoras rurais em luta pelo fim da violência e discriminação e em favor da democracia.

Apesar de um dos principais anseios das mulheres ter sido atendido há nove anos, com a Lei Maria da Penha, elas ainda sofrem com a violência doméstica, conforme mostrou pesquisa divulgada pelo DataSenado.

De acordo com a pesquisa, 20% das 1.102 entrevistadas já foram espancadas por maridos, ex-maridos, companheiros, ex-companheiros, namorados e ex-namorados. Os motivos das agressões geralmente são ciúme e bebida. Aumentaram os registros de violência psicológica e diminuiu a sensação de proteção que a lei deveria ter dado. Apesar de 100% das entrevistadas conhecerem a Lei Maria da Penha, a maioria das mulheres declarou que ainda se sente desrespeitada.

Regina Sousa informou que nas três últimas décadas 92 mil mulheres foram assassinadas no Brasil, o que coloca o país na sétima posição em assassinato de mulheres no mundo. A senadora lamentou ainda o número elevado de mulheres que morrem durante a gestação ou até 42 dias após o parto. Segundo dados do Ministério da Saúde, 60% dessas mulheres são negras e indígenas, disse a senadora, para quem o "preconceito institucionalizado" é a causa dessas mortes.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)