A trajetória de Eduardo Campos

Da Redação | 13/08/2015, 11h03

Eduardo Henrique Accioly Campos nasceu no Recife (PE) em 10 de agosto de 1965 e morreu aos 49 anos, em 13 de agosto do ano passado, no acidente que matou todos os ocupantes do avião em que viajava, do Rio de Janeiro a Guarujá (SP).

Ele era filho do cronista e poeta Maximiano Campos (1941-1998) e da ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) Ana Arraes. Era casado com Renata Campos, com quem teve cinco filhos.

Eduardo Campos formou-se em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) aos 20 anos. Iniciou a carreira política pelas mãos do avô, Miguel Arraes (1916-2005), cassado pelo regime militar em 2 de abril de 1964, quando governava Pernambuco.

Quando Arraes assumiu pela segunda vez o governo pernambucano, em 1987, nomeou Eduardo Campos como chefe de gabinete. Três anos depois, Campos entrou para o PSB, partido a que permaneceu filiado até a morte.

Campos foi eleito deputado estadual em 1990 e quatro anos depois chegou à Câmara dos Deputados, onde permaneceu até 2007. Muito ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi ministro da Ciência e Tecnologia entrre 2004 e 2005.

Governou Pernambuco por dois mandados consecutivos, de 2007 a 2014, período em que o estado cresceu acima da média nacional. Venceu as eleições de 2006 no segundo turno e, em 2010, disputou a reeleição e obteve a vitória no primeiro turno com mais de 80% dos votos válidos.

Depois de registrar altos índices de aprovação popular, renunciou ao governo estadual para ser candidato à Presidência da República, em chapa com a ex-senadora Marina Silva. Antes de se lançar candidato, rompeu com o governo da presidente Dilma Rousseff e migrou para a oposição. Ao morrer, ocupava o terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto.

Após a morte de Campos, seu candidato ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara, iniciou uma grande recuperação na campanha eleitoral e acabou eleito no primeiro turno, com 68,08% dos votos, contra 31,07% de Armando Monteiro. Em 15 de agosto, pesquisa Datafolha indicava Câmara com 13% e Armando Monteiro com 47%. Paulo Câmara havia sido secretário de Administração, Turismo e Fazenda no governo de Eduardo Campos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)