Renan recebe reivindicações do setor sucroalcoleiro e de agricultores

Da Redação | 26/05/2015, 18h09

O presidente do Senado, Renan Calheiros, recebeu nesta terça-feira (26) representantes do setor sucroalcooleiro de Alagoas, que apresentaram sugestões para enfrentar a crise. Uma das propostas é a elevação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), incidente sobre a gasolina, hoje no valor de R$ 0,22 por litro.

Para os produtores, se a Cide cobrada hoje fosse de R$ 0,60 representaria uma arrecadação de cerca de R$ 12 bilhões.
— O que queremos é competitividade. E isso estimularia o consumidor de carros flex a usar o etanol. Hoje, o setor está concentrado em produzir açúcar e não etanol. E o excesso de açúcar no mercado é um dos fatores que está provocando muita dificuldade para o nosso setor — disse José Ribeiro Toledo Filho, presidente da Cooperativa Regional dos Açúcares e Álcool de Alagoas.

Os empresários apresentaram números ao presidente Renan Calheiros para demonstrar a viabilidade da sugestão. De acordo com o grupo, em 2009, o país produzia 16 bilhões de litros de álcool e, em 2014, o volume já havia caído para 13 bilhões, o que teria sido provocado pela pequena diferença entre o preço da gasolina e do etanol.
— A frota de carros flex nos permite projetar um potencial consumidor de 32 bilhões de litros de etanol — observou José Ribeiro.
Renan disse que vai buscar um diálogo com o governo e tentar encontrar uma solução para não deixar na dificuldade um setor que emprega mais de 1 milhão de pessoas no país. Desde 2008, mais de 80 usinas de cana-de-açúcar no país fecharam por não conseguirem renegociar as dívidas.

Terceirização

Renan Calheiros também recebeu representantes da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), que pediram que a terceirização na agricultura possa ser estendida para a atividade-fim. Proposta que regulamenta a terceirização de mão de obra (PLC 30/2015) está em discussão no Senado.

Para a Aiba, terceirizar a área-fim possibilitará a contratação de mão de obra sazonal em períodos específicos, principalmente os de colheita, além de permitir o emprego de profissionais especializados em atividades necessárias aos agricultores, sem a sobrecarga de encargos e obrigações.

O presidente do Senado, que é contra a terceirização geral e irrestrita, se comprometeu a estudar os pedidos do grupo.

— Quando falamos em terceirizar geral, já estamos partindo para um novo modelo de desenvolvimento para o país e isso precisa ser encarado com muita responsabilidade e cuidado no Parlamento — observou Renan.

(Com informações da Assessoria de Imprensa da Presidência do Senado)

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)