Lúcia Vânia declara que votará por ajuste fiscal flexibilizado na Câmara

A senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) disse nesta terça-feira (26), que irá votar o ajuste fiscal flexibilizado pela Câmara dos Deputados, frisando que não votaria pelo governo nem pela oposição. Ela citou Samuel Pessôa, dizendo: “Não vou hipotecar o futuro deste país”.

A senadora citou artigos publicados na imprensa sobre a série de más notícias da economia brasileira. Ela ressaltou que o jornalista Jorge Okubaro abre seu artigo intitulado "O mal que não tem fim", no jornal O Estado de S. Paulo de segunda-feira (25), afirmando que essas más notícias parecem que não ter fim. Ele acrescenta que quando se começa a pensar que pior não pode ficar, novos dados mostram que as coisas continuam a piorar.

— 'Sinais positivos, quando notados - sobretudo no campo das decisões administrativas e públicas - são logo apagadas por atitudes oportunistas, quando não submersas pela maré que continuamente alimenta o pessimismo' - citou a senadora.

O ex-ministro Almir Pazianotto também foi citado pela senadora, que leu trecho do artigo em que ele afirma que "a artificiosa euforia em torno das condições sociais e econômicas se espalhou e o povo de classe A à classe D, de empresários a beneficiários do Bolsa Família, convenceu-se de que foi vítima de grotesca manipulação".

Ele acrescenta, citou a senadora, que "o sucateamento do parque industrial, responsável pela ascensão do Brasil à posição de destaque entre as principais economias mundiais, acarreta irrecuperável retrocesso na história do desenvolvimento".

A senadora citou manchetes sobre a situação econômica do país, afirmando que é preciso fazer alguma coisa.

— Deixar sangrar o governo não diminui a aflição e a incerteza do futuro. Ver o povo brasileiro sangrando por falta de atitudes e de lideranças é desesperador. Negar a responsabilidade fiscal, maior legado que Fernando Henrique deixou ao país, é rasgar um capítulo dos mais importantes da nossa história — disse.

Lucia Vânia lembrou que a austeridade fiscal levou o Brasil a ser respeitado no mundo e deu ao povo o direito de sonhar com um país sério, sem inflação.

Ao manifestar sua postura na votação do ajuste fiscal, a senadora afirmou que, em sua avaliação, esta é a atitude certa para proteger os mais pobres e dar tranquilidade ao povo brasileiro em relação ao futuro.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)