Skaf: é preciso assegurar igualdade entre terceirizados e contratados diretamente

Da Redação | 19/05/2015, 15h30

Ao participar de sessão temática no Senado, nesta terça-feira (19), o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou que falta aos 12 milhões de terceirizados igualdade em algumas questões fundamentais já asseguradas aos contratados diretamente, como o acesso a serviços existentes nas empresas — refeitório, ambulatório, transporte e segurança do trabalho.

Para Skaf, o PLC 30/2015 assegura ao trabalhador terceirizado "o que ele não tem hoje". Além disso, conforme o presidente da Fiesp, a proposta prevê a responsabilidade solidária do tomador do serviço quanto a obrigações previdenciárias e trabalhistas.

— O terceirizado, por essa regulamentação, tem muito mais garantia em receber seus salários, em receber seus direitos, do que o trabalhador direto, porque este, se a empresa quebrar, ele não tem a quem recorrer, apenas à Justiça.

Skaf disse que o país não faz no momento um plebiscito para saber se "é bom ou não terceirizar". Segundo ele, a terceirização já faz parte da realidade do Brasil e o que se debate hoje é a regulamentação de "alguma coisa que está sem regulamento". Skaf advertiu que colocar o debate da regulamentação da terceirização como uma disputa de classes sociais é um erro, "porque não há disputa alguma".

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)