Eduardo Suplicy lamenta morte de Adib Jatene

Da Redação e Da Rádio Senado | 17/11/2014, 18h25

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) lamentou nesta segunda-feira (17), em Plenário, a morte do médico e ex-ministro da Saúde Adib Jatene, e pediu ao Senado a aprovação de voto de pesar e envio de condolências à família do cardiologista.

O acriano Adib Jatene tinha 85 anos, era diretor do Hospital do Coração  e ao longo de sua vida fez mais de 20 mil cirurgias. Ele foi o primeiro cardiologista a fazer uma cirurgia de ponte de safena no Brasil e primeiro, no mundo, a desenvolver um coração- pulmão artificial. Também foi criador de técnica para corrigir artérias no coração de bebês, método conhecido como cirurgia de Jatene.

Eduardo Suplicy lembrou ainda que Adib Jatene foi ministro da Saúde dos governos Collor e Fernando Henrique, e foi dele a proposta de criação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), destinada a arrecadar dinheiro para financiar a saúde pública.

- Possa o exemplo do dr. Adib Jatene se espalhar por todo o Brasil. Ele tantas vezes esteve nessa Casa, conversando com cada senador sobre a CPMF, sobre quão importante era haver os recursos necessários para financiar todo o bem que o atendimento de saúde do Sistema Único de Saúde deveria prover a cada cidadão brasileiro - recordou Suplicy.

O senador informou que Adib Jatene morreu de infarto e explicou que o médico nascera com artérias ruins, que entupiam facilmente. E ele próprio dizia que, se não tivesse se cuidado, teria morrido cedo, lembrou o senador.

Petrobras

Suplicy disse ainda acreditar que as apurações da operação Lava Jato evidenciam que o combate à corrupção no país está sendo levado a sério pelo governo.

Segundo o senador, durante a gestão da presidente Dilma Rousseff, a Polícia Federal deflagrou 162 operações de combate à corrupção, à lavagem de dinheiro e aos crimes financeiros.

Ele lembrou, ainda, que Dilma Rousseff prometeu, caso se vencesse as eleições, apresentar projetos de combate à corrupção, como a modificação da lei eleitoral para coibir a prática de caixa dois e a determinação de perda de propriedade de bem pertencente a agente público que tenha sido adquirido em decorrência de atividade ilícita.

- Gostaria aqui de fazer uma sugestão a ela própria, porque o entendimento é que isso ficaria para o início de seu novo governo. Minha sugestão aqui é a de que ela acelere isso. Inclusive, no que diz respeito às medidas que envolvem o Congresso Nacional, que ela possa tomar a iniciativa ainda neste período até primeiro de janeiro, quando ocorrerá sua posse - disse o senador.

 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)