Ivonete Dantas lamenta violência crescente no Rio Grande do Norte

Da Redação | 23/05/2014, 11h15

A senadora Ivonete Dantas (PMDB-RN), em discurso nesta sexta-feira (23), lamentou o crescimento da violência e da insegurança em todo o Brasil e em especial no seu estado. Segundo afirmou, a situação é tão caótica no Rio Grande do Norte que a Polícia Civil chegou a ter somente 29% de seus quadros preenchidos, e saltou de um quantitativo de 300 homicídios por ano, em 2004, para o dobro desse valor apenas durante os primeiros cinco meses de 2014.

- Não podemos deixar essa violência tomar conta das nossas vidas. Precisamos nos encorajar e reivindicar [providências] de todos os poderes constituídos – afirmou.

Para a senadora, as cidades do interior vêm sofrendo com mais intensidade os problemas decorrentes do aumento da violência, especialmente por não estarem preparadas para combatê-la, acostumadas até então com uma vida pacífica. Ela citou o exemplo de Caicó, no interior de seu estado, que contava há poucos dias com apenas um delegado, um escrivão e um agente de polícia civil, impossibilitando a investigação efetiva. Novos servidores foram contratados, como informou. Ela advertiu, no entanto, que não adianta só contratar sem dar condições adequadas de trabalho, como viaturas capazes de fazer perseguições e gasolina para que se locomovam. A polícia militar também está com quantitativo desfalcado, registrou a senadora.

Ivonete Dantas disse que os cidadãos de bem estão sendo prejudicados, na maioria das vezes por jovens menores de idade. A entrada das drogas nas cidades interioranas é uma das grandes responsáveis por esse aumento da violência, na avaliação da parlamentar. Segundo ela, a juventude de tantas lutas e batalhas do passado caminha agora para o lado errôneo do desenvolvimento e do progresso da Nação e é preciso resgatá-la. A senadora defendeu a revisão do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), já que cada vez mais jovens cometem crimes bárbaros.

Ivonete Dantas anunciou que solicitará uma audiência junto ao Ministério da Justiça para estabelecer uma linha de ação emergencial no Rio Grande do Norte com o propósito de “combater essa terrível sensação de insegurança”. Ela frisou, contudo, a necessidade de se tratar a segurança pública como uma política de Estado, com planejamento estratégico para o setor.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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