Lindbergh destaca novos rumos na política com participação popular

Da Redação | 15/07/2013, 20h15

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) defendeu, em pronunciamento nesta segunda-feira (15), uma reforma política profunda, a criação de instrumentos de participação social e mais transparência. Nesse sentido, o parlamentar ressaltou a aprovação, na semana passada, da proposta de autoria do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), da qual foi relator, que amplia a participação popular no processo legislativo (PEC 03/2011).

Além de reduzir pela metade o número de assinaturas necessárias para apresentação de projeto de iniciativa popular, Lindbergh acrescenta ainda a possibilidade de a sociedade também sugerir propostas de emenda à Constituição, o reconhecimento das assinaturas digitais por meio eletrônico e a solicitação de urgência constitucional - como defende o senador Pedro Taques (PDT-MT).

Em aparte, Taques acrescentou que o processo legislativo brasileiro é arcaico e que precisa mudar com a participação do cidadão por meio do diálogo. Declaração que ecoou no discurso do orador.

Lindbergh disse o Congresso, ss governos estaduais e as prefeituras terão que se abrir a uma participação mais direta por parte da sociedade.

Ao apontar a importância das mobilizações nas ruas e nas redes sociais, envolvendo principalmente a juventude, o senador Lindbergh afirmou que o "mundo mudou", está mais politizado e é preciso que a política passe por transformações.

- Nós do PT, já tivemos experiências exitosas como o orçamento participativo e temos que fazê-lo agora de outras formas. Estando mais abertos a escutar as ruas, a escutar o que os jovens têm a falar pelas redes sociais - disse.

O parlamentar disse ainda que foi instado pelo próprio filho, de 17 anos, a se posicionar, como político, sobre o caso do ex-técnico da agência nacional de segurança dos Estados Unidos, Edward Snowden, que revelou ao mundo o esquema de espionagem americano e que busca asilo em outro país .

Lindbergh, então, leu quatro cartas; a primeira, de Snowden, a quem considera "um herói", que põe a vida em risco pelos direitos individuais e de soberania.

- O governo norte-americano tem que revisar sua posição - afirmou.

As outras três cartas lidas pelo senador foram dos cineastas americanos Oliver Stone e Michael Moore; do cientista social Boaventura de Sousa Santos ao presidente da Bolívia Evo Morales; e também de Julian Assange, jornalista australiano perseguido por divulgar em seu site na internet, o Wikileaks, documentos secretos do governo dos Estados Unidos. Todas as cartas em defesa do direito de expressão e da exigência de transparência por parte dos governos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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