Primeiros manifestantes protestam contra corrupção e projeto da 'cura gay'

Da Redação | 26/06/2013, 16h10

Desde o início da tarde, manifestantes chegam ao gramado diante do Congresso Nacional, embora o número de pessoas ainda seja considerado pequeno. Uma das primeiras presentes, a mestranda em medicina Melissa Sousa disse à Agência Senado que veio para protestar "por várias bandeiras", mas principalmente contra a corrupção, em suas diversas formas.

Outra manifestante que chegou no início da tarde foi Elizabete Rodrigues, moradora de Taguatinga, reclamou das prioridades dos políticos:

- Vim aqui por causa da educação e da saúde, que estão jogadas às traças.

Também já estão no gramado representantes de movimentos como o Marcha das Vadias e o Coletivo Juntos, que protestam contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, e o projeto da 'cura gay', defendido por ele.

- Queremos a  saída de Feliciano da presidência dessa comissão e o arquivamento do projeto, porque a homossexualidade não é uma doença - afirmou Paola Rodrigues, membro do coletivo Juntos.

Ao defender essas mesmas bandeiras, Guaia Monteiro, integrante do Marcha das Vadias-DF, declarou que é contra "o fundamentalismo religioso que invade as leis, o Congresso e os corpos das pessoas".

O projeto da "cura gay" altera uma resolução do Conselho Federal de Psicologia, retirando a proibição imposta aos psicólogos de participar de terapias com objetivo de alterar a orientação sexual de homossexuais.

Além dos manifestantes que chegam ao Congresso, há no gramado 594 bolas de plástico, colocadas pela organização não-governamental Rio de Paz - o número corresponde aos 513 deputados federais e 81 senadores.

Os membros da ONG anunciaram que pretendem chutar as bolas às 17h30, "como símbolo da sociedade passando a bola para o Parlamento, a fim de que os congressistas atendam aos anseios do povo". As bolas também vêm pintadas com cruzes vermelhas, que, segundo a Rio de Paz, representam as mortes no país por falta de segurança e saúde.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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