Lindbergh Farias: finanças do país estão saudáveis

Da Redação | 06/05/2013, 17h25

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou nesta segunda-feira (6) que as finanças públicas no Brasil estão saudáveis. Ele observou que, apesar de ainda haver problemas no país, o rumo estratégico de crescimento com inclusão social e gestão responsável e competente da economia, já foi traçado. A análise do senador, presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), foi feita durante pronunciamento em que relatou sua participação em seminário sobre regimes de resolução no sistema financeiro brasileiro, promovido pelo Banco Central.

- Em minha intervenção, fiz questão de pontuar diversos aspectos ligados à estratégia do governo brasileiro para o enfrentamento da crise. O que poderíamos chamar de estratégia brasileira procurou conciliar crescimento econômico com distribuição de renda – afirmou.

Lindbergh disse que o governo do presidente Luiz Inácio lula da Silva inverteu a lógica antes existente no país de primeiro aumentar a arrecadação para depois distribuir. A presidente Dilma Roussef, ressalta o senador, segue esse caminho ao defender políticas de estímulo econômico sem comprometer a prudência fiscal e ao articular ajustes fiscais com estímulos ao investimento e ao consumo.

Como exemplos, citou os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a prioridade conferida à educação e à inovação tecnológica e a redução dos juros. Além disso, destacou também a desoneração da folha de pagamento, os investimentos em rodovias e ferrovias e o programa de modernização dos portos. A redução das tarifas de energia elétrica em 16% para as famílias e 28% para as empresas também foi lembrada.

O senador frisou que "a simbiose entre crescimento e distribuição” se deu junto com uma política rigorosa de estabilização monetária, com a redução da dívida líquida do setor público e uma política de câmbio flexível.

Desequilíbrio

Em aparte, o senador Ataídes Oliveira (PSDB - TO) apontou problemas na economia do país, como o desequilíbrio na balança comercial, os prejuízos da indústria e os problemas de logística. O senador afirmou, ainda, que houve aumento da dívida interna e da folha de pagamentos e que o país virou um verdadeiro “cabide de empregos”.

Em resposta, Lindbergh esclareceu que é preciso fazer a relação dívida/PIB, e não trabalhar com números absolutos, como fez Ataídes.

Sobre o controle inflacionário, Lindbergh disse que, apesar de uma inflação internacional que contamina os países, o Brasil vem mantendo o compromisso com a estabilidade. Para ele, é um erro falar em estouro da meta antes que o ano acabe, já que a meta é aferida ao final do ano.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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