Dornelles: Brasil morre um pouco com Niemeyer

Da Redação | 06/12/2012, 15h10

O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) foi o primeiro parlamentar a discursar para lamentar a morte do arquiteto Oscar Niemeyer, ocorrida na noite desta quarta-feira (5). Ele se associou ao requerimento do presidente José Sarney, subscrito por vários senadores, que pede voto de condolências e pesar  à família e o levantamento da sessão plenária em memória de Niemeyer.

- O Brasil morre hoje um pouco com Niemeyer, e Niemeyer permanece vivo no coração de todos brasileiros – disse, nesta quinta-feira (6).

Dornelles citou inúmeras obras projetadas pelo artista, em especial a “joia da arquitetura, de simples e ousada beleza” que integrou a Baía de Guanabara, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, feito quando Niemeyer já tinha 80 anos. Depois disso, ainda continuou com extensa produção de prédios com concepção arrojada e lírica, que impressiona o Brasil e o mundo.

Também foi citada a primeira obra responsável por seu primeiro voo individual, o conjunto construído na Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte (BH), com o urbanista Lúcio Costa. Segundo o senador, Niemeyer confessou que o Rio de Janeiro, sua cidade natal, foi motivo de inspiração para suas obras, com sua topografia sinuosa.

– A cidade de Brasília também não poderia deixar de ser mencionada, monumento da arquitetura moderna e renovação da parceria com Juscelino Kubitschek e Lúcio Costa, disse.

Dornelles contou uma história pitoresca a respeito de Niemeyer. O gabinete 11, atualmente ocupado pelo parlamentar, também já pertenceu ao senador Darcy Ribeiro, que um dia recebeu a visita do arquiteto. Darcy pediu que Niemeyer esperasse por cinco minutos, enquanto fazia um rápido discurso. Depois de três horas voltou ao gabinete, e nesse período, o arquiteto fez quatro quadros, com o desenho das universidades de Constantine e de Brasília, o Memorial da América Latina e o Sambódromo.

- Convivo a todos os momentos e diariamente com a obra de Oscar Niemeyer que esta cravada nas paredes do meu gabinete, geralmente ocupado por um senador do Rio de Janeiro – afimrou Francisco Dornelles.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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