Debatedores reivindicam outros avanços na gestão do esporte

Rodrigo Baptista | 28/11/2012, 15h15

Mesmo apoiando a proposta de alternância na direção das entidades, o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, ressalvou em debate nesta quarta-feira (28) na Comissão de Educação, Cultura e Esporte, que a modernização da gestão das entidades esportivas deve ser acompanhada também pela inclusão da social por meio do esporte.

- Que Brasil esportivo nós queremos ser no futuro? Um Brasil de medalhas e uma população sedentária ou um Brasil que toda a criança, todo o jovem, toda pessoa na terceira idade tem a oportunidade de praticar esporte? - questionou.

O senador Cristovam Buarque ressaltou que, mais importante do que conquistar medalhas em Jogos Olímpicos é promover a educação por meio do esporte.

- A gente não vê um trabalho grande de levar o esporte às escolas. É importante que essas entidades descubram que existem coisas fora do setor profissional. Esporte é muito mais do que aquilo que a gente faz nas atividades de alto rendimento.

O debate em torno de proposta para alternância na direção das entidades deve ser o primeiro passo no estabelecimento de um Sistema Nacional de Esporte, observou a ex-jogadora de vôlei Ana Moser, presidente da organização não governamental Atletas pela Cidadania. Segundo ela, a mudança seria um símbolo do início do processo de construção de um país esportivo.

- Que essa lei seja um símbolo para a modernização do esporte. Mais do que a modernização do esporte, que seja um símbolo que ande da maneira mais rápida possível e que abra as porteiras para um amplo debate no Congresso a respeito da ordenação e estruturação legal e orçamentária do esporte brasileiro em todas as dimensões - explicou.

Além da limitação de mandatos de dirigentes, os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF), João Capiberibe (PSB-AP) e Anibal Diniz (PT-AC) também defenderam a extensão da proposta para outros cargos. Para Capiberibe, é necessário, por exemplo, limitar a reeleição de senadores e deputados. Já Anibal Diniz disse ser necessário também debater o estabelecimento de mandatos finitos para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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