Cássio Cunha Lima defende limite para mandatos em federações desportivas

Da Redação | 28/11/2012, 17h50

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) pediu apoio, nesta quarta-feira (28), a projeto de lei de sua autoria que limita os mandatos dos dirigentes de federações e confederações de esportes, em todas as modalidades. De acordo com o PLS 253/2012, os detentores desses cargos terão mandato de no máximo quatro anos e poderão se reeleger apenas uma vez, completando, no total, oito anos em dois mandatos.

O projeto, em análise na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), deve ser apensado a projeto do ex-senador Alfredo Coitat que vai além, proibindo que clubes, federações e associações recebam subvenções  e  outras verbas do orçamento federal se o limite de tempo no cargo for excedido (PLS 328/2010).

Cássio se disse feliz com a presença de atletas de várias modalidades em audiência pública realizada pela manhã, na CE, para discussão dos dois projetos. Ele destacou o fato de os esportistas concordarem com a necessidade de mudanças nas federações.

- É chegada a hora de o Brasil sistematizar a prática do desporto brasileiro, definido de maneira clara as competências da União, estados e municípios. Precisamos olhar de forma mais atenta para a base da pirâmide, uma vez que os esportes de alto desempenho, que são o topo dessa pirâmide, já demonstram avanços.

Em aparte, os senadores Ana Amélia (PP-RS) e Ivo Cassol (PP-RO) elogiaram os projetos que limitam os mandatos de dirigentes de federações e confederações. Cassol disse que a perpetuação de presidentes, muitas vezes em troca de regalias e favores, tira a oportunidade de renovação.

- Essas mudanças são fundamentais para a renovação do futebol no Brasil e nos estados - afirmou.

Educação

No fim do seu pronunciamento, Cássio disse ser “inaceitável e inconcebível” o fato de o Congresso não vincular os recursos do pré-sal à educação, senão com exclusividade, ao menos com prioridade. Ele pediu uma revolução educacional e citou índices que listam o Brasil como um dos países com pior desempenho educacional.

- Não é mais possível esperar, não é mais possível permitir que nossa nação esteja travando o seu desenvolvimento e competitividade por causa da educação - disse o senador, para quem a revolução deve começar pela melhora da remuneração dos professores e pela atratividade da carreira do magistério.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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