Representante de operadoras critica suspensão da venda de planos de saúde

gorette-brandao | 30/10/2012, 12h55

O presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Arlindo de Almeida, criticou a Agência Nacional de Saúde (ANS) por obrigar empresas do setor a suspenderem a venda de novos planos. Segundo ele, as operadoras deveriam ter sido previamente notificadas, com prazo para a contestação dos dados apresentados.

A ANS adotou a medida para obrigar as empresas a redimensionarem suas redes. Foi uma resposta ao crescimento das denúncias dos usuários sobre negativas ou atrasos na marcação de consultas e exames. Para o presidente da Abramge, as operadoras deveriam ter tido o direito de se defender.

- O mercado foi pego de surpresa. Foi um castigo muito severo que mexe com a imagem das empresas – comentou.

Segundo ele, diversas pesquisas indicam que de forma amplamente majoritária os usuários estão satisfeitos com os serviços prestados, com índices de aprovação que giram em torno de 94%.

Arlindo de Almeida também afirmou que, ao contrário do que se acredita, as operadoras trabalham com altos custos e reduzida lucratividade. Ele citou números que indicam uma lucratividade inferior a 0,5% ao ano nos dois últimos exercícios, em termos de resultado líquido depois do Imposto de Renda.

O diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Bruno Sobral de Carvalho, justificou a decisão do órgão de suspender a venda dos planos de saúde:

- Se a operadora não tem condições de atender, provavelmente ela não tem rede credenciada. E se não tem como atender, tem que parar de vender os planos e redimensionar a rede – disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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