Casildo Maldaner defende fim do voto obrigatório no Brasil
Da Redação | 30/10/2012, 17h35
Em discurso nesta terça-feira (30), o senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) defendeu o fim do voto obrigatório no Brasil. Para ele, os eleitores brasileiros já estão suficientemente amadurecidos para entender a importância do direito ao voto e para escolher se querem ou não exercer esse direito.
O senador informou que, no primeiro turno das eleições de 2012, a abstenção chegou a 16,4% dos 138,5 milhões de eleitores, ou seja, 22,7 milhões não votaram. Outros 9,2% votaram em branco ou nulo, acrescentou.
- Temos um contingente total de 35,5 milhões de eleitores absolutamente alheios ao processo, mais de um quarto do total, mais ou menos 25% dos votos no Brasil que não se manifestaram nas eleições. É muito voto – comentou.
Guardadas as proporções, o senador disse que essa porcentagem nacional repetiu-se na maioria dos municípios e das capitais.
- Abstenção, votos nulos e brancos têm sido fortes numa média nacional, ultrapassando os 20%. Por isso é necessário refletirmos sobre o voto obrigatório no país. Independente do dever, o voto é um direito do qual nenhum brasileiro deve abrir mão. Mas ao mantermos essa obrigatoriedade, esse mesmo direito de cidadão converte-se em dever de súdito, é um voto compulsório – ponderou.
Segundo Casildo, a grande maioria do eleitorado é esclarecida e madura politicamente para escolher se quer ou não votar sem precisar temer por represálias.
O senador afirmou ainda que outros pontos precisam entrar na pauta do país com rapidez, como as regras de coligações partidárias, financiamento público de campanhas e limite de reeleições para o Legislativo, por exemplo.
- É dever do Parlamento aprofundar e ampliar esses debates – disse.
Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) elogiou e apoiou o pronunciamento do colega.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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