Congresso celebra 25 anos de associação de editoras universitárias

Da Redação | 19/10/2012, 18h15

Os 25 anos da Associação Brasileira das Editoras Universitárias (Abeu) foram comemorados nesta sexta-feira (19) em sessão solene no Plenário do Congresso Nacional. A homenagem foi pedida pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) e pela deputada Fátima Bezerra (PT-RN).

Na abertura da sessão, Cristovam afirmou que a intenção da homenagem foi prestigiar, apoiar e agradecer o trabalho de cada uma das editoras universitárias e também de cada editora do Brasil, entidades com tamanha responsabilidade na divulgação de ideias pelo país.

A associação congrega hoje 106 editoras universitárias distribuídas por todo o país. Seu principal produto é o livro técnico-científico e pedagógico, tornando-o acessível ao público em geral. Em seus 25 anos de existência, a Abeu tem participado das Bienais do Livro de São Paulo, Rio de Janeiro e outros estados, de eventos científicos como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e até da Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha.

Uma das oradoras do evento, Lúcia Helena Pulino, que é diretora da Editora UnB, da Universidade de Brasília, e diretora da Difusão Editorial da Abeu, destacou a importância do livro para a universidade. Ela explicou que a Editora Unb, além de ser produtora e disseminadora de cultura, acolhe o fruto do trabalho de intelectuais e artistas, respeitando sua autoria.

Já o representante do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Eduardo Salomão, defendeu que editoras, livrarias, agentes literários, distribuidores e bibliotecas, todos os agentes envolvidos com a produção literária e a edição de livros, devem fazer esforço conjunto para manter as ideias e os conteúdos de seus autores ao alcance dos leitores.

Falta de leitores

Para o presidente da associação homenageada, José Castilho Marques Neto, no entanto, um dos maiores problemas do país é a falta de leitura. Por isso, a associação tem como um de seus objetivos fazer circular o livro universitário.

- Se centrarmos esforços cada vez maiores em relação à formação de leitores, seguramente nós teremos um país melhor, um país que se compreenda, que estimule o diálogo, preserve a democracia de maneira consciente, de maneira cidadã, plena - afirmou.

Além disso, sugeriu o presidente da associação, o Brasil deveria profissionalizar o trabalho dos editores. Ele relatou que, em países como a Inglaterra, editoras universitárias são consideradas uma das finalidades da universidade. Para isso, propôs ao senador Cristovam, autor da homenagem à associação, projeto de lei definindo os objetivos das editoras universitárias no Brasil.

Já o senador Tomás Correa (PMDB-RO) ressaltou que as editoras universitárias precisam ser mais divulgadas entre a população, facilitando assim o acesso à leitura não apenas dos estudantes universitários mas da sociedade como um todo.

Ao encerrar a homenagem, Cristovam Buarque enfatizou que também é desafio das editoras trabalhar para erradicação do analfabetismo no país, incluindo o analfabetismo funcional (quando se consegue ler mas não interpretar e associar informações).

- É preciso habituar-se a ler, ter facilidade, entender o que está escrito – defendeu, lembrando que “sem leitores não se vende livros”.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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