José Agripino defende medidas para sustentar queda de juros

Da Redação | 18/10/2012, 18h30

O senador José Agripino (DEM-RN) manifestou nesta quinta-feira (18), em Plenário, preocupação com a sustentação da queda na taxa de juros. Apesar de defender a queda na taxa básica de juros, a Selic, o senador afirmou ser preciso mexer nos fundamentos dos juros, como o compulsório dos bancos, os impostos sobre os empréstimos e o custo de administração dos bancos.

- Nós corremos o risco de viver numa República de faz de conta, em que você baixa a taxa de juros por decreto, mas, nos fundamentos dos juros, você não mexe - afirmou.

Para o senador, o governo deveria adotar, de forma generalizada, medidas que sustentassem taxas de juros baixas, como é o caso do cadastro positivo, que dá aos bancos a garantia de que o tomador de crédito é confiável. Aprovado há dois anos pelo Congresso, o cadastro só foi regulamentado agora pelo governo, salientou o parlamentar.

A falta de medidas como essa, segundo José Agripino, é a razão pela qual a última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de baixar a taxa de juros não tenha ocorrido por unanimidade.

- Eles tomam a iniciativa de baixar por decisão. Mas a decisão tem que ser suportada por fatos que garantam que os bancos que emprestam, e que têm de ter liquidez, possam continuar emprestando pela taxa de juros cada vez mais baixa - explicou.

José Agripino também lembrou o fato de a queda nas taxas de juros nos bancos oficiais, como Banco do Brasil e Caixa Econômica, ser suportada, entre outras razões, pelos depósitos judiciais. Atualmente, somente os bancos públicos têm a guarda do dinheiro depositado em juízo, mas o senador defende a autorização para que instituições privadas possam receber esses depósitos, com valor total estimado em R$ 120 bilhões.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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