Ana Amélia diz que infraestrutura precisa de investimentos urgentes

A senadora Ana Amélia chamou a atenção, nesta segunda-feira (3), para a urgência de investimentos em infraestrutura no Brasil. Ela afirmou que o governo federal enfrenta dificuldades para ampliar os investimentos, mesmo em áreas estratégicas que impactam diretamente a infraestrutura do país, como os setores da comunicação e energia.

A senadora explicou que o projeto de lei do orçamento para o próximo ano (PLN 24/2012) aumenta em quase 13% os investimentos públicos, mas, apesar desse aumento, os Ministérios das Comunicações, da Justiça e de Minas e Energia contarão com menos recursos para investir.

- Em relação ao Ministério de Minas e Energia, as chamadas despesas discricionárias, que são os investimentos, caíram de pouco mais de 924 milhões para 892 milhões de reais – relatou.

O PLN 24/2012 foi encaminhado para a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), que terá até o dia 19 de dezembro para votar o texto. Ana Amélia pediu aos parlamentares que irão tratar do tema na comissão que incluam emendas com o objetivo ampliar investimentos em infraestrutura, inclusive para a agricultura.

- Se fizermos os ajustes necessários e urgentes agora, os 4,970 trilhões de reais previstos de movimentação para a nossa economia poderão ser ainda outros mais trilhões – afirmou.

Ana Amélia lembrou que o aumento da movimentação na economia traz vantagens aos empreendedores, que ficarão mais motivados para fazer negócios; ao governo, que poderá arrecadar mais, e ao consumidor, que poderá investir o seu dinheiro.

A senadora também defendeu a aprovação de projeto de sua autoria (PLS 374/2011) que altera o regime jurídico dos portos secos permitindo o maior fluxo de comércio e possibilitando maior investimento da iniciativa privada no segmento.

- É uma luta minha antiga, para tentar superar os chamados gargalos que ainda enfrentamos na nossa economia – disse.

Expointer

A senadora comemorou o balanço de encerramento da 35ª Expointer apresentado no domingo (2) pelo secretário de Agricultura do estado do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Mainard. A feira agropecuária movimentou mais de R$ 2 bilhões, 150% a mais do que os R$ 848 milhões movimentados no ano passado.

- Isso ocorreu mesmo com as limitações econômicas internacionais e com os problemas climáticos, a seca violenta que afetou várias regiões do Rio Grande do Sul, criando prejuízos para os produtores de soja – assinalou a senadora.

Ana Amélia acredita que a iniciativa do governo de reduzir em 2,5% a alíquota de financiamento para a compra de máquinas agrícolas atraiu os agricultores e colaborou para os resultados. Ela afirmou que o balanço da feira, realizada anualmente no Rio Grande do Sul, comprova que a redução de impostos ou dos juros para o agronegócio se reverte em melhoria imediata para a dinâmica da economia.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)