Paulo Davim lamenta gastos públicos de R$ 20 bilhões com doenças ligadas ao tabagismo

Da Redação | 29/08/2012, 17h05

Aproveitando a comemoração do Dia Nacional de Combate ao Tabagismo, nesta quarta-feira (29), o senador Paulo Davim (PV-RN) chamou atenção para pesquisa que mostra que o Sistema Único de Saúde (SUS) gastou, em 2008, mais de R$ 20 bilhões com 15 doenças ligadas ao uso do tabaco.

O senador informou que a pesquisa, intitulada “Carga das Doenças Tabaco-relacionadas para o Brasil’, foi coordenada pelos economistas Márcia Teixeira Pinto, do Instituto Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz, e Andrés Pichon-Rivieri, do Instituto de Efectividad Clinica y Sanitária da Argentina.

A pesquisa relacionou 15 doenças ligadas ao tabagismo e conclui que o custo total para o SUS foi de R$ 20.685.377.000 no tratamento de homens e mulheres com as seguintes enfermidades: infarto agudo do miocárdio; doenças isquêmicas; acidentes vasculares cerebrais; câncer de pulmão; pneumonias; doenças pulmonares obstrutivas; câncer de boca, de faringe, de esôfago, de estômago, de pâncreas, de rins e de laringe; leucemia mieloide; câncer de bexiga e o câncer de colo do útero.

– Isso representa 0,5% do PIB brasileiro. Nós gastamos 0,5% do PIB apenas com 15 patologias relacionadas ao consumo do cigarro – alertou Davim.

Davim ressaltou que o fumo prejudica o sistema público de saúde brasileiro. Além dos gastos, as 15 doenças foram responsáveis por mais de 458 mil mortes no Brasil em 2008, informou.

– Esse estudo veio dizer o que todos nós já sabemos: que o cigarro faz mal para a saúde e que o Brasil gasta mais com as doenças provocadas pelo fumo e pelos derivados do tabaco do que recebe imposto. Portanto, justifica toda e qualquer campanha e esforço, no sentido de diminuir o uso do cigarro, e justifica qualquer tipo de ação para dificultar o acesso da juventude ao cigarro, porque é uma ação profilática. É uma ação de saúde pública – salientou.

Davim aproveitou para pedir apoio a projeto de sua autoria (PLS 139/2012) que proíbe a comercialização de cigarros e similares em estabelecimentos de ensino, de saúde, órgão público, posto de gasolina, local de venda ou de consumo de alimento, supermercado, loja de conveniência e banca de jornal.

– A Organização Mundial de Saúde diz o seguinte: quanto mais difícil for o acesso ao cigarro, menor será o número de tabagistas, menor será o número de doentes, menor será o número de óbitos – argumentou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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