Lindbergh diz que Brasil é exemplo diante da crise internacional

Da Redação | 08/05/2012, 21h48

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), em pronunciamento nesta terça-feira (8), elogiou a condução da política econômica brasileira por seu afastamento do “receituário neoliberal”, e espera que os países do primeiro mundo em crise sigam o exemplo do Brasil na rejeição de planos de austeridade. Citando a questão da Espanha, que enfrenta elevado desemprego, o parlamentar condenou o “caminho sem saída” dos planos recessivos.

- Como, numa situação como essa, a saída do governo espanhol são os velhos cortes orçamentários, cortes de programas sociais, que só vão acirrar a crise? – indagou o senador.

Ao cumprimentar o socialista François Hollande, eleito presidente da França no último domingo, Lindbergh apoiou a esperança de um “novo começo para a Europa”. Lindbergh espera que Hollande consiga romper com a lógica das políticas recessivas, que classificou como autodestrutivas, e possa conduzir uma ampla discussão envolvendo todos os países da Europa. O parlamentar assegurou que a presidente Dilma Rousseff apoiará o presidente francês em sua aposta no crescimento econômico e nos investimentos públicos.

Lindbergh notou o crescimento dos protestos de rua nos Estados Unidos e na Europa, salientando que, no Brasil dos anos 90, a mobilização popular pelo impeachment de Fernando Collor, em 1992, paralisou a aplicação dos planos de privatização da época. O senador ainda lembrou que, no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), os protestos da juventude garantiram a permanência de estatais estratégicas, sem as quais, conforme avaliou, o Brasil estaria “liquidado” em 2008.

- Estava no receituário do Consenso de Washington que não havia condições para investimento público, porque tudo era para pagar dívida com o sistema financeiro. Nós construímos um caminho. O processo que construímos com o presidente Lula tem continuidade com a presidente Dilma – afirmou.

Lindbergh disse que a presidente Dilma está “jogando duro” na defesa da indústria e na questão dos juros e do câmbio, o que teria despertado reação “raivosa” de analistas financeiros insatisfeitos. Lindbergh defendeu a atuação dos bancos públicos, e também elogiou a mudança nas regras da poupança, medida que, segundo avalia, deverá permitir mais redução nos juros.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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