Simon manifesta preocupação com esvaziamento de CPI do Cachoeira
Da Redação | 17/04/2012, 16h10
Em pronunciamento nesta terça-feira (17), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) voltou a demonstrar preocupação com o enfraquecimento do movimento pela criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigaria as relações de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados. Cachoeira foi preso na operação Monte Carlo, da Polícia Federal, e é acusado de comandar um esquema ilegal de jogos de azar.
Inicialmente, CPI investigaria as relações de Cachoeira com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) e com deputados federais, apontadas nas escutas da operação, além das ligações do bicheiro com outros agentes públicos e privados. Mas as gravações também apontam o envolvimento da quadrilha com a construtora Delta, grande detentora de contratos com o governo federal e com vários governos estaduais. Além disso, aparecem nas investigações da PF ligações de Cachoeira com integrantes do alto escalão dos governos do petista Agnelo Queiroz, do Distrito Federal, e do tucano Marconi Perillo, de Goiás. Por isso Simon manifesta o temor de que a CPMI acabe “esvaziada”, especialmente pelo recuo da base.
- As coisas mudaram. Ninguém parece que está muito interessado nessa CPI. Todo mundo está recuando – afirmou Simon, que disse nunca ter vista denúncias tão escandalosas como as que têm aparecido recentemente.
Ao lembrar a movimentação popular que resultou na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/2010), o senador alertou a população para a necessidade de que cobre a investigação. Para ele, não é possível esperar nada do Congresso, do Executivo e do Judiciário, que precisam de pressão popular, “de fora para dentro”.
- A forma de movimentar é o povo, a sociedade, são os jovens. Nós temos que fazer a apuração do que está aí. Vamos para a rua! – conclamou Simon.
O senador lembrou que será realizada no sábado (21), a 3ª Marcha contra a Corrupção. O movimento, que está sendo organizado nas redes sociais, tem o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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