Pedido de abertura do inquérito que envolve Demóstenes chega ao Supremo

Milena Galdino | 27/03/2012, 19h50

Chegou no final da tarde ao Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, para que sejam investigados os envolvidos com jogo ilegal no Estado de Goiás com foro privilegiado na Corte. O foro é garantido a diversas autoridades da República, inclusive a deputados e senadores.

O pedido deve atingir o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que teria recebido cerca de 300 ligações de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de explorar o jogo do bicho e máquinas caça-níqueis. A imprensa tem noticiado que o senador se beneficiou de parte do lucro proveniente dos caça-níqueis.

Além do pedido de abertura de inquérito, Gurgel também encaminhou a solicitação feita por parlamentares para que seja dado acesso aos documentos obtidos nas investigações policiais ainda mantidos sob sigilo.

A intenção desses parlamentares é avaliar a possibilidade de pedirem a abertura de processo no Conselho de Ética do Senado contra Demostenes com base no argumento de que o senador goiano feriu o decoro parlamentar. Sobre isso, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) declarou à Agência Senado que, se o Supremo receber o pedido de abertura do inquérito, será “inevitável” um processo no Conselho de Ética da Casa.

Até agora, o Supremo Tribunal Federal ainda não autuou o pedido da Procuradoria, que pode, até mesmo, tramitar em sigilo na Corte. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal, a escolha do ministro-relator do processo não deve acontecer na noite desta terça-feira (27).

A assessoria de imprensa do senador Demóstenes Torres informou que ele não se pronunciará no momento sobre o assunto.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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