Jorge Viana critica bancos por continuarem elevando os juros

Da Redação | 27/03/2012, 17h55

 

O senador Jorge Viana (PT-AC) criticou nesta terça-feira (27) o que classificou de contínua elevação dos juros por parte de bancos públicos e privados, situação que definiu como “contrassenso” diante do ciclo de reduções da taxa Selic pelo Banco Central. O parlamentar mencionou a importância da Selic para o controle da inflação e para balizar o mercado de crédito em geral, o que, segundo as estatísticas e notícias que apresentou, não está ocorrendo.

– Por que tanta gente reclama da taxa de juros? Os juros altos diminuem o consumo, o que prejudica a venda das empresas. Certamente, com isso as empresas não crescem, temos menos emprego e a economia encolhe – comentou o senador.

Jorge Viana citou números do Banco Central, que apontam a elevação dos juros bancários de todas as operações para pessoas físicas e empresas, como exemplo da situação de “absurdo”. Ele disse que os juros médios do cheque especial chegam a 182,8% e cobrou providências contra o elevado spread bancário, lembrando que o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que a redução do spread é prioridade do governo.

O senador cumprimentou a presidente Dilma Rousseff por ter reunido dirigentes das 25 maiores empresas do Brasil para firmar compromisso pela retomada do crescimento da indústria. Viana lamentou que a participação da indústria no produto interno bruto (PIB) tenha caído a 14,6%, o que seria equivalente ao registrado no período pré-Juscelino Kubitschek, na década de 1950.

Ele disse esperar que o Brasil tome medidas para aumentar a inclusão social e se consolidar como um país de classe média.

PCdoB

Jorge Viana abriu seu pronunciamento registrando o aniversário de 90 anos do Partido Comunista do Brasil, comemorados na segunda-feira (26) em sessão solene do Congresso. O senador ressaltou que o PCdoB faz parte de sua trajetória política e que sua homenagem se somava à de “muitos brasileiros que celebram a democracia”.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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