Flexa Ribeiro critica atuação do governo em vazamentos de petróleo

O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) criticou, nesta quinta-feira (22), o governo federal por ainda não ter dimensionado o novo vazamento no Campo de Frade, na Bacia de Campos (RJ), identificado na semana passada. Segundo ele, as primeiras investigações do Ministério Público e da Polícia Federal indicam que a exploração do campo vinha se dando de forma temerária pela empresa Chevron, com uso de pressão exagerada numa estrutura frágil.

– Cresce o temor por um desastre ambiental com acidentes em série escancarando o despreparo do Brasil. O país do pré-sal improvisa e ameaça novo vazamento no Campo de Frade. As autoridades brasileiras ainda não dimensionaram o tamanho do estrago, de sete quilômetros quadrados de extensão – afirmou.

O senador disse que a Petrobras, por ser sócia da Chevron e ter 30% de participação na exploração da área, também deve ser responsabilizada pela decisão de aumentar a pressão no local, o que teria causado o problema.

Flexa Ribeiro mencionou declaração do procurador da República Eduardo Santos, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, opinando que não há como controlar o vazamento, por ser decorrente de uma “cratera no solo marinho”.

– Desde novembro passado vêm ocorrendo vazamentos mensais de óleos nos campos ou rotas de produção de petróleo na costa brasileira. Mas órgãos federais responsáveis pelo controle ambiental, como Ibama, ANP e Marinha não têm sequer registro das ocorrências, segundo revelou a Folha de S. Paulo no domingo – disse o senador.

O parlamentar criticou ainda o governo federal por não ter preparado um plano de contingência para o setor de petróleo, quase 150 dias depois do vazamento de 2,4 mil barris em novembro passado, também na Bacia de Campos. Segundo ele, as poucas informações divulgadas até agora dão conta de que haverá R$ 1 bilhão para ações emergenciais em caso de acidente, o que considerou “irrisório”.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)