Jorge Viana: Rio+20 é oportunidade para melhorar qualidade de vida no mundo

Anderson Vieira | 08/03/2012, 16h30

Em discurso nesta quinta-feira (8), o senador Jorge Viana (PT-AC) afirmou que a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) tem poder para contribuir para a melhoria da qualidade de vida em todo o mundo. Ele elogiou os debates acontecidos pela manhã em audiência conjunta das Comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) e de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) sobre o encontro internacional que acontecerá no Rio de Janeiro, de 20 a 22 de junho.

Para o senador, os preparativos e negociações para o sucesso do evento estão sendo conduzidos de maneira competente e qualificada pelos ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e pelo coordenador da Comissão Nacional da Rio+20, embaixador Luiz Alberto Figueiredo.

Segundo Jorge Viana, a Rio+20 terá dois grandes eixos: economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e quadro institucional para o desenvolvimento sustentável.

Na opinião do parlamentar, o Brasil tem de ser ousado e ambicioso para capitanear as negociações e decisões do encontro ambiental, “para que o mundo possa ser melhor a partir da Rio+20”.

– Tem de haver uma mudança no padrão de consumo das pessoas. Tem de haver uma mudança no padrão de produção e nós temos de nos aproximar do mundo sustentável, se não quisermos sofrer as consequências dos desastres que vão decorrer dessa falta de atenção e de juízo do mundo – disse.

Mulheres

O senador também homenageou todas as mulheres brasileiras pela comemoração do Dia Internacional da Mulher e lembrou que a conquista do direito ao voto pelas mulheres brasileiras completa 80 anos em 2012.

– Penso que o Brasil, graças a figuras como a profissional Marta Suplicy, que quando este tema não estava na ordem do dia já estava lutando, trabalhando como profissional pelas questões de gênero que hoje viraram parte de políticas públicas e que nos levou a esse movimento da sociedade brasileira a ter a primeira mulher presidente do Brasil. É uma ousadia pelo voto direto. Não é um regime parlamentar. É uma eleição direta. Penso que o Brasil está em boas mãos – disse.

Derrota do governo

Jorge Viana também comentou a derrota do governo na noite da quarta-feira (7), quando a indicação de Bernardo Figueiredo para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) foi rejeitada no Plenário do Senado.

Para ele, o acontecimento mostra haver “um problema político a ser sanado” entre o governo e sua base aliada. O senador também disse existir na Câmara dos Deputados “um incômodo político” na relação do governo com a base. Ele fez um apelo aos colegas deputados federais:

– Espero sinceramente que na Câmara dos Deputados, se tiverem que explicitar esse posicionamento, esse descontentamento, que não o façam em cima de temas que sejam caros ao país. Nós temos na agenda o Código Florestal, que foi votado, recebeu 57 votos aqui no Senado, foi apreciado de maneira suprapartidária, focado nos interesses do país – pediu.

Ele voltou a elogiar o desempenho da ministra Izabella Teixeira na pasta ambiental e disse que radicalismos, tanto de ambientalistas quanto de ruralistas, não farão bem para o Brasil.

– Tentam fazer valer a posição dos extremados, dos radicais, e aí os interesses do país estão sendo deixados de lado – ponderou.

Da Redação

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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