CMA rejeita ouvir empresário sobre supostas irregularidades na Casa da Moeda

A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) rejeitou nesta terça-feira (28) requerimento para o comparecimento ao Senado de José Martins, presidente da empresa Witt, que teria provas de movimentação financeira irregular no exterior atribuída a Luiz Felipe Denucci, ex-presidente Casa da Moeda. A proposta era do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).

O ex-presidente da Casa da Moeda é investigado pela Polícia Federal e pela Receita Federal por movimentações suspeitas no exterior. A oposição acusa o ministro da Fazenda, Guido Mantega, de ter mantido Denucci por muito tempo no cargo mesmo sabendo das acusações.

O primeiro a falar sobre o assunto foi o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que encaminhou o voto contrário ao requerimento. Conforme argumentou, o fato de Denucci já ter sido demitido do cargo e o caso estar sob investigação da Polícia Federal dispensaria as explicações do denunciante aos parlamentares.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) concordou com a ponderação feita pelo líder governista e avaliou que a apresentação de um requerimento de informações - onde os esclarecimentos são prestados por escrito - seria mais proveitosa que a realização de uma audiência pública com o acusador.

A defesa do requerimento foi feita por Aloysio e pelo senador Cícero Lucena (PSDB-PB). Após admitir ter "pressentido" essa movimentação contrária do governo em torno do tema, o senador por São Paulo sustentou ser importante o Senado apurar se essa movimentação financeira se deu em troca de eventuais favores.

Assim como Aloysio, Cícero Lucena se disse preocupado com a decisão da comissão de não exercer sua função fiscalizadora ao se negar a ouvir José Martins, o que permitira conhecer outros detalhes sobre a denúncia. 

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Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)