Alvaro Dias acusa governo de 'cinismo' no corte orçamentário

O líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PSDB-PR), acusou nesta quinta-feira (16) o governo federal de agir com "cinismo" ao anunciar um corte de R$ 55 bilhões no orçamento da União para 2012. Na quarta-feira (15), foram revisadas as projeções de gastos com benefícios previdenciários, assistência social,subsídios e complementações para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

- O governo agiu com cinismo ao negar que os cortes orçamentários atingiriam a área social. Saúde, educação, segurança, FGTS - e isso não é área social? O governo foi cínico ao cortar, via emenda parlamentares, gastos nessas áreas - declarou.

Já o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), entendeu que o corte foi absolutamente normal e que poderá ser revisto.

- Todos os anos o governo faz o contigenciamento do Orçamento. Vamos verificar como serão feitas as receitas, o crescimento do país, e verificar o que é possível de se liberar para as emendas parlamentares.

Questionado sobre pedidos feitos por senadores para que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, explique os cortes no Senado, Jucá ponderou que já há duas reuniões marcadas para março que podem servir para esse fim.

- O ministro Mantega virá em março a uma audiência da Comissão de Assuntos Econômicos [CAE] e a ministra Miriam Belchior [do Planejamento, Orçamento e Gestão] virá à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização [CMO] - disse.

Mas Alvaro Dias adiantou que não apenas o corte no Orçamento será alvo da oposição na vinda de Mantega. Ele pedirá esclarecimentos sobre a demissão do ex-presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci, acusado de irregularidades.

- A gente vê o ministro Mantega na televisão todos os dias. Agora, o ministro precisa vir ao Senado dar explicações sobre as denúncias de irregularidades que vinculam o Ministério da Fazenda à Casa da Moeda.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)