Roberto Requião diz apoiar pedido de CPI para investigar irregularidades atuais ou passadas

Da Redação | 14/12/2011, 16h05


O senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou nesta quarta-feira (14) que está à disposição de todos os partidos políticos representados no Senado para assinar pedidos de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O senador disse apoiar investigações sobre possíveis irregularidades cometidas no âmbito do governo federal, sejam essas irregularidades atuais ou passadas. Ele argumenta que fiscalização e controle do Poder Executivo são obrigações constitucionais do Parlamento.

- Quero me colocar à disposição dos parlamentares e dos partidos que atuam no Senado para subscrever CPIs que digam respeito ao livro do Amaury Ribeiro, A Privataria Tucana, e quero também me colocar à disposição dos membros da oposição para subscrever, se assim entenderem, uma CPI sobre a consultoria do ministro [Fernando] Pimentel - declarou Requião para dar exemplos concretos de seu posicionamento.

Na opinião do senador, o Congresso Nacional pode investigar "tudo que no governo estiver opaco" ou "que permanece na escuridão". 

Orçamento

Requião criticou a inclusão, no Orçamento da União para 2012, de emenda que destina R$ 498 milhões para empresas privadas concessionárias de estradas de ferro.

- Dinheiro público a fundo perdido e que, inicialmente, teve a resistência firme do senador Delcídio. O senador Delcídio, no entanto, acabou cedendo a pressões e incorporou essa monstruosidade - afirmou.

O senador Delcídio Amaral (PT-MS) é o relator setorial da Área Temática 1 - Infraestrutura, do Projeto de Lei Orçamentária para 2012 (PL 28/2011-CN).

O relatório de Delcídio foi lido nessa terça-feira (13) e pode ser votado pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) nesta quinta-feira (15). Para Requião, não faz sentido a União destinar recursos "sem retorno" para empresas privadas como as concessionárias de estradas de ferro. 

Polícia do Senado

O senador pelo Paraná também reclamou do comportamento de membros da Polícia do Senado Federal, que teriam impedido, nesta quarta-feira (14), a entrada no Senado de integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Requião informou ter intercedido junto aos policiais para garantir que os estudantes pudessem assistir à reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) desta quarta-feira (14) que, dentre outras matérias, debateu o chamado Estatuto da Juventude (PLC 98/2011).

- Um dos meninos acabou sendo vaporizado com gás, uma agressão dura aos seus olhos. Fica aqui o meu protesto por uma medida arbitrária, inútil. Fiz com que a rapaziada subisse e assistisse à reunião, numa tranquilidade absoluta, exercendo o direito cidadão de assistirem às decisões dos senadores - disse Requião ao opinar que a Polícia do Senado praticou "violência desnecessária".

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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