Randolfe destaca postura do JB em 'momentos difíceis da história'

Da Redação | 16/05/2011, 15h25

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) afirmou nesta segunda-feira (16) que a posição de independência nos momentos mais difíceis da história é o que mais o impressiona na trajetória de 120 anos do Jornal do Brasil.

Em sessão de homenagem ao jornal, nesta segunda-feira (16), o parlamentar citou um episódio que marcou o JB em seu início: a publicação do manifesto da Revolta da Armada, de Custódio de Melo, em 1893.

Por conta desse ato de independência, o então presidente Floriano Peixoto mandou caçar o redator-chefe do jornal, Rui Barbosa, "vivo ou morto", lembrou Randolfe. A represália do governo manteve o JB fechado por mais de um ano.

A mesma postura de independência, de acordo com o senador, se repetiu no Estado Novo (1937-1945) e no regime militar instaurado em 1964. Em 2 de abril daquele ano, enquanto o conjunto dos jornais noticiava a implantação de novo governo no país, o Jornal do Brasil circulou com a manchete: "Goulart resiste no Sul e Congresso empossa Mazzilli".

- O jornal destacou que o que estava ocorrendo naquele momento era concretamente um golpe militar e civil. Foi o Jornal do Brasil o único a veicular a verdade naquele 2 de abril de 1964.

Randolfe citou várias outras manchetes do JB em momentos críticos da vida política do país, como a de 14 de dezembro de 1968, um dia depois da edição do Ato Institucional 5 (AI-5), com destaque para a decretação do recesso do Congresso Nacional por tempo ilimitado.

- No cantinho da página estava lá: "Ontem foi o dia dos cegos" - lembrou Randolfe.

Para o senador, em diferentes episódios da vida política nacional, o JB tomou posição clara pela democracia e "não titubeou em relação a isso, nem ocupou a posição cômoda da neutralidade".

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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