Brasil pretende ampliar presença comercial no Cazaquistão, anuncia indicado para embaixada

Da Redação | 12/05/2011, 13h56

Apesar da presença recente no Cazaquistão, maior país da Ásia Central, dotado de grandes reservas de gás e petróleo, o Brasil pretende conquistar maior espaço na pauta comercial daquele país com a venda de aviões e produtos agrícolas. A intenção foi anunciada pelo diplomata designado para a capital Astana, ministro de segunda classe Oswaldo Biato Júnior, cuja indicação para o posto recebeu nesta quinta-feira (12) parecer favorável da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). A mensagem segue para exame do Plenário.

- Somos um país que apenas agora começa a ser presente na região. Não é um mercado fácil para nós. Mas existe ali um grande potencial a ser explorado - afirmou Biato, citando entre as possibilidades de ampliação de negócios a venda de carnes, a participação de empresas brasileiras em obras daquele país e a venda de aviões da Embraer à empresa Air Astana.

O relator da mensagem presidencial com a indicação de Biato foi o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que ressaltou a importância da abertura, ocorrida em 2006, de uma embaixada brasileira no Cazaquistão. Ele pediu ao futuro embaixador que, ao lado da promoção comercial, dedique-se também à promoção da cultura brasileira na Ásia Central. Biato também representará o Brasil na República Quirguiz e no Turcomenistão.

Segundo o embaixador indicado, o Cazaquistão conta com a última grande reserva inexplorada de petróleo do mundo - ao lado das reservas do pré-sal brasileiro. O grande potencial de produção de petróleo e gás, informou, tem atraído a atenção de países como a China e a Rússia, a qual o Cazaquistão esteve ligado no tempo do regime soviético, além da Europa, interessada na construção de gasodutos e oleodutos diretamente ligados ao Mar Mediterrâneo, sem passar pelo território russo.

O senador Luis Henrique (PMDB-SC) opinou que o Cazaquistão poderia servir como "porta de entrada para o comércio com toda a região da antiga União Soviética". Ele pediu ainda que se analise a possibilidade de venda, por empresas brasileiras, de software de gerenciamento bancário e industrial. Os senadores Blairo Maggi (PR-MT) e Ana Amélia (PP-RS) também ressaltaram o grande potencial comercial da relação bilateral.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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