Entenda a diferença entre pesquisa e enquete
Da Redação | 29/03/2010, 22h57
Por meio do DataSenado, a Secretaria de Pesquisa e Opinião (Sepop), sonda a opinião dos brasileiros sobre temas de grande alcance, como a crise no Governo do Distrito Federal. Essas sondagens são feitas tanto com pesquisas quanto com enquetes, segundo explica a diretora da Sepop, Ana Lúcia Novelli.
De acordo com ela, as pesquisas a cargo do serviço DataSenado são realizadas dentro de metodologias consagradas e, portanto, confiáveis, de modo que se lhes possa atribuir o nome de pesquisas. Um dos cuidados é o da escolha de um universo de entrevistados representativo do total da população. Para isso é necessário que extratos e faixas, como o sexo dos entrevistados, a idade e a renda, sejam contemplados. No caso do sexo, o total de mulheres entrevistadas deve representar 53% do total de pessoas entrevistadas, já que as mulheres equivalem a 53% da população brasileira.
As entrevistas são feitas por telefone e os números são sorteados numa base de dados nacional. As entrevistas são gravadas, de modo que 20% delas possam ser auditadas. Evitam-se assim, conforme a diretora, equívocos ou fraudes capazes de distorcer os resultados. Outro cuidado é a utilização de uma mensagem gravada no início do telefonema, sinal ao possível entrevistado de que se trata de um serviço do Senado. Ao entrevistado também é oferecida a chance de contatar a Sepop, por meio do telefone 0800, para conferir se está mesmo colaborando com uma pesquisa de opinião.
Quanto ao universo dos entrevistados, Ana Lúcia explica que o número de 1.269 entrevistas, obtidas por meio do contato com homens e mulheres com 16 anos ou mais, de diversas faixas de renda e regiões, é suficiente para avaliar o que pensa em média o brasileiro sobre um determinado tema. Para esse universo, o mais seguro, do ponto de vista técnico é estabelecer uma margem de erro de 3% e um grau de confiança de 95%. Ou seja, se a mesma pesquisa for realizada cem vezes, em 95 vezes os resultados, por quesito, irão variar 3% para mais ou para menos.
A diretora da Sepop observa que no caso da pesquisa DataFolha, o percentual de erro é mais baixo (2%) porque o universo de entrevistados é mais amplo. No último levantamento sobre a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por exemplo, o DataFolha entrevistou 4.158 pessoas.
A enquete é uma sondagem com pouco rigor metodológico, já que não há segmentação dos entrevistados, segundo faixas da população, e a média das opiniões reflete o parecer somente daqueles que responderam as questões. Por outro lado, a iniciativa da participação fica mais a cargo do público, especialmente no caso das enquetes disponibilizadas na internet. Ana Lúcia diz que os atendentes do serviço 0800 podem aproveitar contatos feitos pelos cidadãos para solicitar a participação em enquetes.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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