Brasil precisa manter política de crescimento, adverte Paim

Da Redação | 11/03/2010, 18h01

Paulo Paim (PT-RS) afirmou nesta quinta-feira (11) que a desoneração de alguns setores da economia e os aumentos salariais, especialmente do salário mínimo, mantiveram o mercado interno aquecido e ajudaram o país a superar a crise financeira internacional de 2008. Mas o senador disse temer os reflexos das dificuldades vividas por Portugal, Espanha, Irlanda e Grécia, e recomendou atenção aos rumos do mercado internacional.

- Apenas o mercado de consumo não consegue manter a dinâmica da economia. É preciso investir em infraestrutura, dar continuidade à política de crescimento e de aumento do salário mínimo, valorizar aposentadorias e pensões, bombar, injetar, fortalecer o PAC 1 e o PAC 2, principalmente produzindo no Brasil o maquinário para investimento - declarou.

O senador manifestou sua confiança na política econômica do governo e na capacidade de superação do empresariado e dos trabalhadores. O Congresso, segundo ele, deve contribuir para o debate com "bons projetos que podem ajudar a economia". Citou como exemplo o que institui Fundo de Financiamento para Micro, Pequenas e Médias Empresas (PLS 376/2008), o que corrige aposentadorias e pensões com o mesmo percentual de reajuste do salário mínimo (emenda ao PLC 42/07) e o que acaba com o fator previdenciário (PLS 296/2003).

Paim observou que o produto interno bruto (PIB) do Brasil, mesmo sem crescimento em 2009, apresenta resultado superior ao da maioria dos países, cujos PIBs despencaram. A projeção para 2010, conforme o senador, é de um crescimento de 6%, contra 2% de previsão para outros países.

O senador considerou boa e ruim a previsão de que faltarão profissionais qualificados, caso se confirme a retomada da economia.

- As indústrias estão expandindo seu potencial e gerando novos postos de trabalho. O ruim é o que pode representar essa falta de profissionais - observou.

Paim disse que uma solução poderia ser a aprovação de sua proposta de emenda constitucional (PEC 24/2005) que cria o Fundo de Desenvolvimento da Educação Profissional (Fundep).A PEC estabelece que 2% do produto da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados sejam destinados a esse fundo. Além disso, prevê que 3% da arrecadação das contribuições para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) sejam reservados à mesma finalidade.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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