Senado comemora 370 anos da expedição amazônica de Pedro Teixeira

Da Redação | 07/12/2009, 11h47

O Senado vai comemorar, em sessão especial nesta quinta-feira (10), às 10h, os 370 anos da expedição amazônica do desbravador português Pedro Teixeira. O requerimento solicitando a sessão é do senador Aloizio Mercadante (PT-SP).

Conhecido como "conquistador da Amazônia", o explorador, sertanista e militar português Pedro Teixeira produziu, segundo Mercadante, uma das maiores façanhas sertanistas no país. Com sua famosa expedição que contou com 47 grandes canoas, 70 soldados e 1.200 índios flecheiros, Pedro Teixeira partiu de Gurupá (PA), em outubro de 1637, e subiu os rios Amazonas e Negro, chegando até a cidade de Quito, atual capital do Equador.

Na viagem de volta, segundo relata Mercadante em seu requerimento, a expedição de Pedro Teixeira fundou a cidade de Franciscana, "para servir de baliza aos domínios das casas de Portugal e Espanha". Em 12 de dezembro de 1639, mais de dois anos depois de iniciada, a expedição chegava ao seu fim no porto de Belém (PA).

"Os objetivos desse monumental esforço de exploração foram tomar posse das terras em nome do rei de Portugal e estabelecer Belém como rota de escoamento das mercadorias que saíam do Peru para a Espanha pelo Pacífico", disse o senador. Tal façanha foi descrita no livro Novo Descobrimento do Grande Rio Amazonas, lançado em Madri, em 1641. Mas, por contrariar seus interesses, as autoridades espanholas mandaram queimar todos os exemplares da obra, pois ela dava sustentáculo às reivindicações territoriais de Portugal na Amazônia ocidental, para além do que dispunha o Tratado de Tordesilhas, relatou Mercadante.

Devido a esse feito, Pedro Teixeira foi nomeado capitão-mor do Grão Pará, em 1640. Faleceu no dia 4 de julho de 1641, apenas um ano e cinco meses após receber tal homenagem. Para Mercadante, "seu exemplo de dedicação e heroísmo ficou indelevelmente gravado na história da Amazônia e na história do Brasil. Graças a ele, Portugal pôde reivindicar exitosamente a posse de vastas terras na Amazônia. Terras que hoje estão no mapa do Brasil".

Pedro Teixeira

De ascendência nobre, Pedro Teixeira nasceu em 1585, em Cantanhede, cidade portuguesa do distrito de Coimbra. Segundo a página da Biblioteca Municipal de Cantanhede na internet, Teixeira era casado com Ana da Cunha e chegou ao Brasil em 1607. Começou a ser conhecido no país ao participar da luta com franceses fixados em São Luís (MA).

Em 25 de Dezembro de 1615, Teixeira partiu do Maranhão para o Pará, com objetivo de explorar, conquistar e colonizar aquela região. Em 12 janeiro de 1616, participou da fundação da cidade de Belém (PA).

Em princípios de 1622, foi encarregado de abrir uma estrada que ligasse as capitanias do Pará e do Maranhão. Tal empreendimento não chegou a ser concluído devido às dificuldades da região, especialmente a grande quantidade de rios para atravessar.

Ainda conforme o site da Biblioteca Municipal de Cantanhede, entre várias missões recebidas no país, Pedro Teixeira foi incumbido de destruir os fortes holandeses Nassau, situado à margem direita do rio Xingu (PA), e Orange, na Ilha de Itamaracá, litoral de Pernambuco. Além desses, destruiu ainda o forte holandês Mandiutuba, também nas margens do rio Xingu, atacou um navio holandês no rio Amazonas e expulsou os ingleses sediados no forte Torrego, às margens desse mesmo rio.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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