Roberto Cavalcanti cobra do governo mais verba para educação, ciência e tecnologia

Da Redação | 20/08/2009, 15h21

"A superação da crise passa pelos investimentos em educação, capacitação profissional e inovação tecnológica". Essa é a receita do senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) para o Brasil competir nos mercados internacionais em igualdade de condições. Ele considerou que o governo acertou ao adotar medidas anticíclicas com o a desoneração de impostos e a redução do custo dos financiamentos, mas pecou ao não ampliar os investimentos em educação, ciência e tecnologia.

Enquanto a UNESCO recomenda que o Brasil invista 6% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em educação a fim de encurtar a distância que o separa o país dos mais adiantados, a realidade é outra. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os gastos do governo nessa área são de apenas 4,6% do PIB.

- Em ciência e tecnologia o quadro é ainda mais sinistro. Mesmo considerando-se a vigência da Lei de Inovação (nº 10.973/04) e da Lei do Bem (nº 11.196/05), o Brasil deverá investir em 2010 apenas 1,5% do PIB em ciência, tecnologia e inovação. Em plena era do conhecimento temos claudicado nos pilares que embasam toda nação desenvolvida - lamentou Roberto Cavalcanti.

Por outro lado, o senador pela Paraíba aplaudiu a decisão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior de criar a Secretaria de Inovação Tecnológica. Roberto Cavalcanti explicou que a nova secretaria deverá buscar o aumento do investimento privado em inovação, atuando em conjunto com o BNDES. Um dos objetivos é oferecer uma linha de crédito para inovação nas micro, pequenas e médias empresas, com taxas de juros de 1% ao mês.

Para exemplificar o quanto o Brasil está atrasado em relação à produção científica, Roberto Cavalcanti informou que o país ocupa apenas o 24º lugar no índice de patentes da Organização Mundial da Propriedade Intelectual. Ele comparou que os registros de patentes brasileiras equivalem a 1% das patentes registradas pelos americanos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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