Sarney apresenta certidão do TCU e diz que omissão de casa em declaração à Justiça Eleitoral foi esquecimento

Da Redação | 03/07/2009, 14h23

Em nota oficial distribuída à imprensa no início da tarde desta sexta-feira (3), o presidente do Senado, José Sarney, informa que declarou à Receita Federal, ao Senado Federal e ao Tribunal de Contas da União (TCU) a posse da casa onde reside, localizada no Lago Sul, em Brasília. O presidente apresentou ainda certidão do TCU confirmando que o imóvel consta nas cópias de suas declarações do Imposto de Renda dos anos 1999 a 2007 arquivadas no tribunal.

Na nota, Sarney esclarece que o imóvel foi comprado em leilão público em agosto de 1997 e quitada em dez parcelas, período em que ficou sob domínio do antigo proprietário e por isso não foi incluída na declaração de imposto de renda de 1998. Segundo o presidente, a partir de 1999 a casa passou a constar da declaração dele à Receita Federal. Por equívoco do contador, porém, foi apresentada à Justiça Eleitoral em 2006 a mesma lista de bens de 1998, sem o imóvel, portanto.

Em seguida, a assessoria de Sarney enviou à imprensa outra nota, corrigindo a primeira. De acordo com o texto, a omissão da casa do senador na declaração de bens feita à Justiça Eleitoral em 2006 não ocorreu pela troca com a declaração de bens de 1998, mas por esquecimento, depois que a atualização patrimonial foi feita.

Ainda de acordo com a assessoria do presidente, os esclarecimentos estavam prometidos aos repórteres do jornal O Estado de S. Paulo para esta sexta-feira, o prazo se devia à necessidade de buscar documentos em arquivos. Mas o jornal não esperou pela documentação e publicou reportagem antes de o presidente apresentar os esclarecimentos.

Segundo O Estado de São Paulo, o presidente do Senado teria ocultado da Justiça Eleitoral a propriedade da casa avaliada em R$ 4 milhões onde mora, na Península dos Ministros. O jornal diz ainda que, segundo documentos de cartório, o parlamentar comprou a casa do banqueiro Joseph Safra em 1997 por meio de um "contrato de gaveta". Em nenhuma das duas eleições disputadas por Sarney depois da compra - 1998 e 2006 - o imóvel foi incluído nas declarações de bens apresentadas à Justiça Eleitoral, argumenta o jornal.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

MAIS NOTÍCIAS SOBRE: