Mercadante avalia como promissor o futuro do Brasil

Da Redação | 24/06/2009, 18h58

Por ter sido um país prudente, por ter acumulado mais de US$ 200 bilhões em reservas, no momento em que houve a desvalorização cambial e a crise o Banco Central conseguiu estabilizar a taxa de câmbio, impedindo a volta da inflação e abrindo espaço para a queda na taxa de juros. Dessa forma, o Brasil foi atingido tardiamente pela crise e de forma amena. A análise é do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que classificou como promissor o futuro do país.

- É promissor porque nós somos, nos últimos cinco anos, o país que mais aumentou o excedente exportável de alimentos. Saímos na frente pelas descobertas de petróleo. O comércio internacional tão cedo não voltará a ser o que era. Nós temos que ganhar competitividade, disputar o mercado externo, mas, principalmente, precisamos crescer alavancando o mercado interno de massas - analisou Aloizio Mercadante.

O senador ressaltou que a política do salário mínimo, a do Bolsa-Família e as de distribuição de renda estão permitindo que o Brasil enfrente a crise, pela primeira vez em sua história, sem aumentar a pobreza. Mercadante disse que a política atualmente praticada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva é não apenas generosa socialmente, mas economicamente correta, "já que um mercado interno forte é o único vetor de crescimento sustentável que podemos dar à economia brasileira nesse cenário".

Na avaliação de Aloizio Mercadante, a forma como o governo brasileiro vem conduzindo a economia permitiu a manutenção das políticas sociais, o aumento dos investimentos e a desoneração, sobretudo, de alguns setores da indústria. Ele acrescentou que a economia reagiu e voltou a produzir ao mesmo tempo em que o país ganhou espaço na política fiscal e monetária para desenvolver uma política anticíclica, contra a recessão.

Em aparte, o senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA) salientou que o fortalecimento da economia brasileira não é obra apenas de um único governo. Nesse sentido, ele disse que é preciso reconhecer o papel do governo Fernando Henrique Cardoso. Na mesma linha, o senador Marco Maciel (DEM-PE) enumerou importantes avanços alcançados na era FHC, como a adoção do real, o fim da indexação, a Lei de Responsabilidade Fiscal e a adoção do câmbio flutuante.

Por sua vez, o senador Lobão Filho (PMDB-MA) enumerou diversas medidas adotadas pelo governo Lula que, na sua avaliação, proporcionaram a estabilidade na economia brasileira. Entre elas, ele destacou a isenção e redução do IPI em diversos setores da economia e a ampliação do prazo para que os bancos possam descontar dos depósitos compulsórios as compras das carteiras de crédito e outros ativos de bancos menores.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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