Serys lê documento a ser encaminhado aos líderes do G20

Da Redação | 01/04/2009, 15h50

Em pronunciamento nesta quarta-feira (1º), a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) leu carta a ser encaminhada aos lideres do G20 (grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo), que se reúnem nesta quinta-feira (2), em Londres, para discutir soluções para a atual crise financeira global .

A carta foi elaborada durante a primeira reunião da Comissão Internacional do Clima e Segurança Energética, realizada em Washington nos últimos dias 30 e 31, com a presença de parlamentares de países do próprio G20. A senadora participou do evento na qualidade de presidente da Frente Parlamentar Mista para o Desenvolvimento Sustentável, ao lado do deputado Antonio Palocci (PT-SP).

No documento, os parlamentares afirmam que a humanidade encontra-se diante de três desafios - recuperação econômica, segurança energética e mudanças climáticas - e sustentam que a "recuperação inteligente" da economia mundial abrange dois elementos: o estímulo de baixo carbono e a recuperação de baixo carbono.

O primeiro elemento abrange iniciativas de curto prazo para a criação de demanda na economia, a exemplo do reequipamento de edifícios como forma de obter eficiência energética. Já o segundo elemento engloba investimentos em infraestrutura para o crescimento do baixo carbono, como redes elétricas inteligentes, geração de energia renovável e carros elétricos.

Na opinião dos parlamentares, à medida que os fluxos financeiros regressem à economia global, esses devem ser canalizados de forma a reconhecer não só os objetivos econômicos imediatos, mas também os objetivos relacionados à energia e ao clima, para assim criar um novo modelo econômico sustentável de sistema financeiro mundial, voltado para uma prosperidade econômica durável.

Imprensa

Em seu discurso, Serys lembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) está iniciando nesta quarta-feira o julgamento de recurso extraordinário que questiona a constitucionalidade da exigência de diploma de Jornalismo como requisito para o exercício da profissão. A apreciação se dará no mesmo período do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a Lei de Imprensa (5250/67), que já teve 20 dos seus 77 artigos suspensos em decisão liminar do ministro Carlos Ayres Britto.

A senadora disse ser favorável à manutenção da exigência do diploma para jornalistas, lembrando que o curso de Comunicação Social, que forma jornalistas, faz parte da área de Ciências Humanas, o que pressupõe "uma série de conteúdos primordiais que não podem agora ser desconsiderados".

- O jornalista influencia opiniões e tendências; mostra problemas e soluções. Enfim, pode influenciar nas ideologias de cada um. É uma profissão necessária à sociedade e à democracia. Por causa disso, a sociedade precisa e tem direito à informação de qualidade, ética e democracia. Temos que exigir profissionais preparados, com graduação superior - afirmou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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