Em nota, Garibaldi lamenta escalada da violência em Gaza
Da Redação | 12/01/2009, 17h54
O presidente do Senado Federal, Garibaldi Alves Filho, divulgou nota em que "expressa consternação contra a escalada de violência que se seguiu ao fim do cessar-fogo entre Israel e o Hamas", grupo radical islâmico que governa a Faixa de Gaza , anteriormente ocupada pelos israelenses.
Garibaldi pretende enviar correspondência com um apelo à presidente do Parlamento israelense, Dalia Itzik, para que busque "sensibilizar as autoridades de seu país quanto à necessidade da aceitação de um imediato cessar-fogo, para possibilitar a retomada do processo de paz".
Na nota, o parlamentar ressalta ser "inadmissível" o lançamento de mísseis feito pelo Hamas ao território de Israel, mas considera "desproporcional e igualmente inadmissível" a reação militar israelense, já que não está havendo distinção entre objetivos civis e militares, o que resultou na morte violenta de centenas de civis, incluindo crianças, mulheres e idosos.
O presidente do Senado também endossa a proposta de se convocar uma conferência internacional sobre a questão, iniciativa que, a seu ver, será um "passo relevante para o restabelecimento da paz na região, tendo como pressuposto o direito de constituição do Estado palestino e a existência de Israel em condições de segurança". O grupo palestino Hamas não aceita a criação do Estado israelense, ocorrida no final da década de 1940, com o apoio dos Estados Unidos. Também foi feito um "endosso" à atuação do Itamaraty, inclusive no que se refere à proteção oferecida à comunidade brasileira residente nas áreas de conflito.
A divulgação da nota foi estimulada pelo senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), que considerou a iniciativa "muito importante e apropriada às circunstâncias". Membro do Parlamento do Mercosul, Arruda lamentou a violência e lembrou-se que até os Estados Unidos, aliados dos israelenses, se abstiveram na votação da resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que pede o fim do conflito.
— Às vezes, as pessoas se perguntam o que nós temos a ver com isso, com tantas dificuldades que o povo atravessa no país. Se não tivermos a capacidade de compreender que estamos interligados nesse mundo, que este é um mundo só e somos também fruto desse povo, no Brasil temos as comunidades judaica, palestina, árabe. É mais do que alvissareiro o posicionamento. Cada um pode dar uma opinião individual, mas é muito diferente a opinião do presidente do Senado e do Congresso Nacional - afirmou Arruda.
Elina Rodrigues Pozzebom / Agência Senado
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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