Após participar de conferência da ONU sobre meio ambiente, Jefferson Praia destaca plano brasileiro

Da Redação | 19/12/2008, 12h46

Único senador brasileiro a participar da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, Jefferson Praia (PDT-AM) destacou, ao discursar em Plenário nesta sexta-feira (19), o Plano Nacional de Mudanças Climáticas - que o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, apresentou durante o evento, realizado este mês na Polônia. Jefferson Praia afirmou que esse plano "é o primeiro compromisso assumido pelo governo brasileiro perante a comunidade internacional com o objetivo de reduzir as emissões nacionais de carbono".

- Apesar das críticas de ONGs [organizações não-governamentais] ambientais, o Plano Nacional de Mudanças Climáticas despertou vivo interesse dos participantes da conferência - declarou ele.

De acordo com o parlamentar, um dos objetivos do plano é reduzir o desmatamento no país em 70% até 2017. Dessa forma, ressaltou ele, espera-se evitar a emissão de 4,8 bilhões de toneladas de gás carbônico. Ao defender essa meta, Jefferson Praia observou que 20% das emissões do planeta teriam origem no desflorestamento e que, no caso do Brasil, 75% das emissões de gás carbônico seriam causadas pelo desflorestamento.

- O grande desafio que cabe ao país consiste em diminuir o desmatamento na Amazônia - disse ele, citando recente artigo publicado pelo professor José Goldemberg, físico e ex-reitor da Universidade de São Paulo (USP).

O senador frisou que o Brasil é considerado o quinto maior emissor mundial desses gases, sendo precedido por Estados Unidos, China, Indonésia e Rússia, e seguido por Japão, Índia, Alemanha, Canadá e Grã-Bretanha.

Fundo

Jefferson Praia lembrou ainda que o ministro do Meio Ambiente apresentou, durante a conferência, o Fundo Amazônia - que o governo criou neste ano para enfrentar o desmatamento na região com recursos nacionais e estrangeiros. Segundo o senador, o fundo tem atualmente US$ 1 bilhão e, de acordo com estimativas de Carlos Minc, poderá captar cerca de R$ 2,3 bilhões por ano.

- Isso é bom, mas ainda é insuficiente, pois o próprio governo calcula que as despesas com a preservação sejam da ordem de R$ 9 bilhões anuais - ressalvou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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