Senadores destacam papel da industrialização no desenvolvimento do país

Da Redação | 27/05/2008, 14h56

O importante papel da industrialização no desenvolvimento do Brasil e os novos e necessários desafios para que o país continue sendo referência nesse setor foram os principais pontos destacados pelos senadores que participaram, nesta terça-feira (27), da sessão especial do Senado destinada a comemorar o Dia da Indústria Brasileira, celebrado oficialmente em 25 de maio.

O senador César Borges (PR-BA) lembrou ter sido o setor industrial o responsável pela renovação e pela modernização das relações sociais e trabalhistas brasileiras, lamentando, no entanto, que o Brasil tenha perdido posição nesse setor nos últimos 20 anos. Na opinião do parlamentar, se o país espera ter um futuro de prosperidade, é preciso continuar " fortalecendo e incentivando a indústria brasileira".

Para o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), se existe um setor capaz de alçar o Brasil à posição que merece perante as demais nações, esse setor é a indústria. Mas, para tanto, o líder do PMDB no Senado afirmou ser preciso eleger uma pauta mínima de prioridades para a área, incluindo desde a reforma tributária até projetos que tratam da correção do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica.

- Agora é a hora de deslanchar. Todavia, não é possível esquecer um ponto fundamental: o grande obstáculo à expansão industrial e ao crescimento econômico ainda é a política macroeconômica - ponderou Raupp.

Já o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) destacou o papel do empresário no processo de industrialização do Brasil, um país que, segundo ressaltou, ostenta uma das maiores burocracias do mundo, além de expressivas carga tributária e taxa de juros.

- É preciso ter muita coragem, muita iniciativa e muita disposição para fazer indústria neste país - afirmou.

Educação

O futuro do país, na opinião do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), não está no "conhecimento da indústria, mas sim na indústria do conhecimento". Para ele, é preciso investir na educação para que seja possível "formar craques no conhecimento - cientistas, tecnólogos e inventores - e, assim, chegar ao grande salto que é preciso dar".

O senador Mão Santa (PMDB-PI) lembrou ter sido depois da revolução industrial que o mundo mudou e o progresso chegou, propiciando a entrada de mercadorias e utensílios destinados a facilitar a vida de todos.

O senador Renato Casagrande (PSB-ES) afirmou que o Brasil tem alcançado grandes avanços em diversas áreas devido à modernização de seu parque industrial. Para ele, essa modernização também tem auxiliado o trabalho do Senado. Já os senadores pelo PMDB Renan Calheiros (AL) e Pedro Simon (RS) enviaram seus discursos em homenagem à industria brasileira para serem publicados nos Anais da Casa.

Votorantim

Em comemoração aos 90 anos do Grupo Votorantim, seu presidente, Carlos Ermírio de Moraes, comentou que pouquíssimas empresas conseguem chegar a essa marca de longevidade e, ao mesmo tempo, ter sucesso, " com vigor e energia". Ele anunciou que o grupo empresarial, que tem hoje 60 mil funcionários, pretende investir no país, nos próximos anos, R$ 33 bilhões.

- Temos aprendido, ao longo desses noventa anos, que só é possível conquistar esse sucesso com valores sólidos, muito trabalho e dedicação - revelou.

A sessão especial foi encerrada com pronunciamento do deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB-PE), presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que está completando 70 anos de existência. O parlamentar ressaltou que a instituição tem, ao longo desses anos, voltado seu compromisso para uma "agenda do crescimento" que se baseia em duas dimensões: a agenda da superação dos obstáculos e a agenda do desenvolvimento de competências.

- A indústria brasileira só vai sobreviver se tiver capacidade de incorporar inovação constantemente nos seus processos e no seu futuro - sustentou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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