Brasil precisa reconhecer seus heróis e heroínas negros, diz Serys

Da Redação | 20/11/2007, 17h57

No aniversário de Zumbi dos Palmares (1655-1690), líder do quilombo em Alagoas que, no século 17 desafiou a Coroa Portuguesa, a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) propôs uma reflexão sobre o hábito do brasileiro de imaginar a figura do herói nacional como um homem branco.

Para Serys, essa crença não condiz com a realidade do Brasil, país que tem a maior população negra fora da África, e reflete a situação de inferioridade a que os afro-descendentes estão submetidos.

- A maior parte dos negros não está na universidade. Poucos ocupam postos de comando ou de destaque na política. Trata-se de uma realidade que precisamos alterar - disse a senadora.

Serys frisou que "todos vivem num mesmo mundo e pertencem à mesma espécie". Ela citou uma série de medidas que vêm sendo tomadas no mundo no combate à discriminação, e destacou a criação, no Brasil, em 2003, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Social, liderada pela ministra Matilde Ribeiro.

- Oxalá o Brasil saiba reconhecer seus heróis e heroínas negros - disse.

Registros

Serys Slhessarenko registrou sua passagem pela região de São Félix do Araguaia, onde participou de encontro com lideranças locais para discutir demandas relativas a rodovias e energia elétrica.

A senadora também apresentou requerimento de pesar pelo falecimento da senhora Helena Northfleet, mãe da presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Ellen Gracie.

Serys também se congratulou com os jornalistas da Rádio Senado Larissa Bortoni e Maurício de Santi, finalistas do Prêmio Embratel de jornalismo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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