Para Almeida Lima, decisão do conselho foi injusta e não reflete a verdade dos autos

Da Redação | 05/09/2007, 15h05

Em entrevista após a reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, que aprovou por 11 votos a 4 o relatório dos senadores Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES) recomendando a decretação de perda do mandato do presidente do Senado, Renan Calheiros, o senador Almeida Lima (PMDB-SE), um dos relatores do processo, afirmou que a decisão do colegiado foi "injusta e não reflete a verdade dos autos ou a prova que foi produzida".

- Espero que o Plenário do Senado Federal tome a decisão acertada, que é exatamente pelo arquivamento, diante da falta de qualquer prova que possa culpabilizar o senador Renan Calheiros- disse.

Almeida Lima também afirmou que o Plenário é o colegiado competente para votar e que, do conselho, "sai apenas um parecer". O parlamentar, que defendia o voto fechado no Conselho de Ética, voltou a criticar o processo de votação aberto, que a maioria dos membros decidiu adotar.

- Os que declararam seu voto no Conselho de Ética cometeram um equívoco. Eles chegarão ao Plenário, onde a votação é fechada, a descoberto - observou.

O senador Almeida Lima chegou a apresentar um voto em separado recomendando o arquivamento do processo, mas, diante da aprovação do relatório, o texto não foi posto em votação. Ele disse que continuará trabalhando pela absolvição do senador Renan Calheiros.

- Vou manter minha convicção - afirmou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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