Almeida Lima diz que revista Veja desestabiliza o país

O senador Almeida Lima (PMDB-SE), em discurso pronunciado da tribuna do plenário, nesta terça-feira (7), lamentou que uma revista, a exemplo da Veja, tenha a capacidade de desestabilizar a vida político-institucional do país.

- Há 60 dias não tem sido outra a postura dessa revista - afirmou.

O parlamentar disse que Veja não está procedendo a um jornalismo de qualidade neste episódio. Também criticou a "má vontade que outros veículos de comunicação têm demonstrado" com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Renan foi acusado pela revista de ter as despesas com a pensão alimentícia de uma filha que tem fora do casamento pagas por terceiros e de ser sócio-oculto de uma rádio em Alagoas.

Almeida Lima lembrou que, em 10 de julho, o presidente do Senado encaminhou ofício ao procurador-geral da República pedindo que fosse feita "a mais ampla e profunda investigação" de sua vida pessoal. Mas, segundo ele, a imprensa brasileira não tratou desse assunto porque Renan demonstrara, assim, que não tinha nada a esconder.

O representante sergipano afirmou que todas as acusações da revista contra o presidente do Senado carecem de provas. Disse ter ficado "muito confortável" com a decisão do Supremo Tribunal Federal de atender ao pedido do procurador-geral da República e instalar uma investigação contra Renan.

- Doravante uma corte especializada na função judicante, paralelamente, pari passu ao Conselho de Ética, vai também promover a apuração - disse.

Em seguida ao pronunciamento de Almeida Lima, o líder do PMDB, senador Valdir Raupp (RO) pediu que os relatores do processo contra Renan no Conselho de Ética - o próprio Almeida Lima e os senadores Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES) - apresentem seus relatórios, para que a matéria possa ser votada.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)