Marina Silva participa de audiência pública nesta quarta-feira

Da Redação | 27/03/2007, 19h06

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deverá participar nesta quarta-feira (28), a partir das 9h30, de audiência pública para discutir os efeitos do aquecimento global e as medidas a serem adotadas pelo governo brasileiro em conseqüência das alterações climáticas. O subsecretário para Assuntos Políticos do Ministério das Relações Exteriores, Everton Vieira Vargas, também deverá participar do debate, solicitado por requerimento dos senadores Renato Casagrande (PSB-ES) e Inácio Arruda (PCdoB-CE), subscrito por outros parlamentares.

A audiência pública será promovida conjuntamente pela Subcomissão Permanente de Acompanhamento do Regime Internacional de Mudanças Climáticas - que funciona no âmbito da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) - pela Subcomissão Permanente sobre Aquecimento Global - que funciona no âmbito daComissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) - e pela Comissão Mista Especial destinada a acompanhar, monitorar e fiscalizar as ações referentes às mudanças climáticas.

Divulgado no dia 2 de fevereiro deste ano, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) apresenta projeções de mudanças climáticas até o ano de 2090 que apontam para a elevação da temperatura terrestre, a intensificação de terremotos e tufões e o derretimento das calotas polares. No Brasil, o aquecimento deverá atingir principalmente a região amazônica, revela o estudo, que contou com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e foi elaborado por 600 especialistas de 40 países.

De acordo com o painel, uma área que abrange o norte da Bahia, todo o sertão nordestino, boa parte do Pará, Amazonas e Mato Grosso poderá ter um acréscimo de até 1,5ºC na temperatura média entre 2020 e 2029. O mesmo cenário aponta um aumento na temperatura da região de até 3,5ºC entre 2090 e 2099. Em outros dois cenários, o clima da América do Sul varia de forma homogênea entre 2020 e 2029, com uma alta de 1ºC. Entre 2090 e 2099, no entanto, o aquecimento afetaria com maior intensidade o interior do continente.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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